Última atualização em 26 de agosto de 2021 por Ana Júlia Parreira
Desde o início de 2020, a Magazine Luiza, também conhecida como Magalu, comprou 23 empresas de diversos setores, como o de logística, tecnologia, publicidade, sites de conteúdo, delivery de comida e Ecommerce.
Na prática, tudo isso faz parte da estratégia da empresa de expandir ainda mais suas atividades e consolidar seu SuperApp, que atualmente possui 32 milhões de usuários ativos mensais cadastrados na plataforma, de acordo com dados publicados pela própria empresa…
Para você ter ideia, somente em agosto do ano passado, a Magazine Luiza anunciou a aquisição de 5 empresas. Incrível, não é mesmo?
E os investimentos não param por aí…
Quer saber mais sobre todas as aquisições da gigante varejista nos últimos meses? Acompanhe o artigo!
Aquisições Magazine Luiza
Fevereiro de 2020
A primeira compra significativa que faz parte das famosas aquisições Magazine Luiza em 2020 foi a Estante Virtual, um marketplace de livros usados que pertencia à Livraria Cultura. Na ocasião, o valor investido na compra foi de R $31 milhões…
Assim, com essa aquisição, a varejista pôde ampliar seu catálogo de produtos em suas operações no Ecommerce. E, com a venda de livros, a empresa acabou não se limitando somente à venda de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, por exemplo.
Julho de 2020
Neste mês, a Magazine Luiza comprou a Hubsales, conhecida startup de moda aqui no Brasil. Isto é, uma empresa “jovem”, que tem tudo para oferecer ideias e produtos inovadores para a Magalu…
Com isso, o principal objetivo da varejista com a aquisição foi implementar o Factory to Customers (F2C), estratégia que conecta fornecedores diretamente a compradores por meio do marketplace Magazine Luiza.
Uma jogada de mestre, não é mesmo? Principalmente porque, em meio a pandemia, o setor de Moda foi um dos que mais cresceu no país…
Agosto de 2020
A Magazine Luiza comprou 4 empresas em agosto do ano passado…
As primeiras foram o CanalTech, plataforma multimídia focada em análises de produtos e na produção de conteúdo, e a Incolo Media, plataforma para publicidade digital.
Como o CanalTech possui um grande alcance de visualizações, a Magazine Luiza se beneficia diretamente disso. Principalmente porque ao visualizar as avaliações de produtos no Canaltech, os clientes podem entrar direto no site da Magalu para pesquisar preços, checar os meios de pagamento e, claro, comprar na plataforma…
Já o objetivo da Incolo Media é acelerar o crescimento da MagaluAds, serviço de publicidade Magazine Luiza.
Em seguida, a varejista comprou a Stoq, desenvolvedora de sistema de pontos de venda. O foco da aquisição era o de ampliar o alcance do Parceiro Magalu para varejistas especializados…
Além disso, também comprou a Betta, companhia desenvolvedora de aplicativos para smartphones, com o objetivo de otimizar, desenvolver e executar soluções em software para a empresa.
Setembro de 2020
Dessa vez, a companhia comprou a startup AiQFome, aplicativo delivery de comida similar ao iFood e Rappi.
Diante do crescimento absurdo do setor de delivery de comida nos últimos meses, o objetivo dessa aquisição foi o de fazer com que a Magazine Luiza também fosse presente no segmento de Delivery de alguma forma. Ou seja, aumentando ainda mais seu poder e alcance no mercado de varejo como um todo.
Outubro de 2020
Para estar ainda mais presente na área de logística e com objetivo de acelerar entregas, a varejista comprou a GFL, empresa especializada na área e com foco em comércio de eletrônicos. A SincLog, plataforma de tecnologia usada pela GFL também foi adquirida na mesma transação.
Além disso, a ComSchool também entrou para as tantas aquisições Magazine Luiza. Para quem não conhece, a plataforma é focada em disponibilizar cursos para os empreendedores, focando em Ecommerce e performance digital.
Dezembro de 2020
Para fechar o ano passado com chave de ouro, a companhia de Luiza Trajano comprou o Hub Prepaid, empresa conhecida do setor de pagamentos…
O objetivo principal da aquisição foi potencializar ainda mais o SuperApp Magalu, criando novas funcionalidades como realização de compras, saques, depósitos, transferências, pagamentos e serviços como recargas de celular e vale-transporte.
Março de 2021
O início do ano (pelo menos nos dois primeiros meses) não foi tão movimentado assim pelas aquisições Magazine Luiza. Mas já em março a companhia comprou mais 5 novas empresas…
As três primeiras dizem respeito a VipCommerce, plataforma do setor de alimentos focada em toda a gestão do processo de pedidos de supermercados, a ToNoLucro, aplicativo focado em delivery e a GrandChef, plataforma para médios e pequenos restaurantes…
Na prática, essas aquisições representam o interesse da varejista em expandir ainda mais sua atuação no varejo de alimentos.
E, para completar as compras deste mês, a varejista ainda adquiriu mais duas empresas de uma vez: Steal The Look e a Push, ambas empresas ligadas ao setor de moda.
Abril de 2021
Em abril, obviamente que as aquisições Magazine Luiza não pararam…
A empresa comprou a SmartHint, plataforma de busca inteligente e recomendação de compra no Ecommerce. Seu serviço permite que o cliente ache os produtos buscados no site Magalu com ainda mais facilidade…
Também no mesmo mês, a Magazine Luiza anunciou a compra do Jovem Nerd, plataforma brasileira extremamente conhecida voltada para produção de conteúdo geek…
Com essa aquisição, todos os conteúdos do site passaram a integrar o app Magalu, o que foi bem estratégico para expandir o alcance do aplicativo nesse mercado que não para de crescer.
Junho de 2021
A Magalu comprou a Bit55, plataforma de processamento de cartões de crédito e débito. Fator determinante para a aquisição foi a necessidade de expandir as soluções financeiras dentro do SuperApp Magalu…
Na época, a empresa informou em comunicado que os serviços da Bit55 se integrariam ao da Hub Fintech:
“Com a aquisição, a Bit55 complementa os serviços oferecidos pela Hub Fintech, que poderá oferecer aos seus clientes a emissão de cartões de crédito e débito, além dos atuais cartões pré-pago e contas digitais. A Bit55 passa a fazer parte das iniciativas de fintech do Magalu e é mais um importante passo na estratégia do Magalu de digitalização do Brasil”, afirma.
E há mais aquisições Magazine Luiza…
A varejista também comprou o Plus Delivery, aplicativo de delivery de comida presente em mais de 30 cidades pelo Brasil. Ou seja, uma iniciativa que ampliou ainda mais suas estratégias voltadas ao setor de Delivery.
Julho de 2021
Já em julho, a Magazine Luiza fez a aquisição da startup Juni em busca de um faturamento ainda maior para seus negócios. A startup, que é focada no comportamento do consumidor, utiliza informações dos clientes como base para aumentar as vendas feitas no site ou no SuperApp Magalu…
Em seguida, a varejista também anunciou a compra da KaBuM!, a maior plataforma de Ecommerce voltada para tecnologia e games no Brasil. Com isso, os itens da KaBuM! ficarão disponíveis no site e SuperApp Magalu, aumentando ainda mais a visibilidade dos produtos…
Por fim, em mais um passo para aprimorar seu sistema de logística, a Magazine Luiza anunciou a compra da Sode, uma plataforma especializada em entregas ultra-rápidas. Tema que nunca esteve tão forte entre as gigantes varejistas do setor como hoje…
Principalmente porque a lógica que norteia as companhias do varejo hoje é justamente a de que quem vende mais rápido, consequentemente, vende mais.
Mas Por que a Magazine Luiza Investe na Compra Empresas?
Com o crescimento exponencial do Ecommerce no Brasil, cada vez mais empresas querem melhorar suas performances no mercado digital para conquistar a preferência do público…
E a Magazine Luiza, que recentemente anunciou abertura de lojas físicas no Rio de Janeiro e promete entregas em 1 hora, não tem medido esforços para ser preferência entre os consumidores e vendedores brasileiros.
Dessa forma, a varejista está incorporando cada vez mais serviços dentro de sua plataforma e investindo na estratégia de comprar outras empresas para aumentar seu alcance no mercado, claro, e ser vista como o maior player no Ecommerce…
Afinal, a Magalu pode usar essas empresas para aumentar valor de mercado, ganhar expertise, expandir seu campo de atuação de produtos etc.
