O uso de transmissões ao vivo para venda de produtos, também conhecido como Live Commerce, já é colocado em prática por diversas varejistas no Brasil.
No entanto, essa estratégia ainda é muito mais forte na China, que tem movimentado bilhões de dólares em vendas online com essa modalidade…
Mas será que há uma tendência para o crescimento do Live Commerce no Brasil?
O tema foi discutido durante a participação da Renata Thiébaut, COO Green Proposition e trainer do Alibaba Global Initiatives, no Fórum Ecommerce Brasil 2021.
De acordo com a apresentação de Thiébaut, a China é o mercado mais desenvolvido no Live Commerce. Somente no ano passado foram mais de US$ 157 bilhões gastos em compras online por meio da modalidade…
E mais do que isso: de 2019 para 2020, o Live Commerce teve uma alta de 229% na China.
Assim, a razão pela qual os números no país asiático são tão expressivos é graças à numerosa população e também à forte adesão ao Ecommerce, que já conta mais de 1 bilhão de pessoas usando aplicativos de celular. Na prática, mais de 90% desses usuários da internet já compram online…
Na China existem três principais canais para realizar a transmissão ao vivo para Ecommerce:
Independentemente da alternativa escolhida, o foco sempre está em atrair os consumidores para a loja para que eles finalizem a compra de um determinado produto…
Mas quem apresenta os produtos aos telespectadores?
Tanto na China quanto no Brasil as transmissões ao vivo são feitas com a participação de artistas, personalidades da mídia e influenciadores digitais…
Na China, as empresas convidam os maiores influenciadores digitais do mundo para eventos desse tipo. Com destaque para Austin Li, que ficou famoso por vender 15 mil batons em apenas 5 minutos.
Sobre isso, Renata Thiébaut comenta que a participação dos chamados influencers pode custar caro às empresas:
“Na China, quem faz os live streaming são influenciadores digitais ou você monta um time próprio. O custo pode ser elevado dependendo do influencer, se ele tiver milhões de seguidores aqui na China, geralmente, ele mostra o produto na live por 10 minutos e vai cobrar 80 mil reais”, comenta a trainer do Alibaba Global Initiatives.
Esse cenário motivou as empresas asiáticas a tomarem uma outra decisão: investir em clientes que aprovam um determinado produto para ser um embaixador da marca, também chamados de KOL (Key Opinion Customer, em inglês, ou Consumidor Formador de Opinião, em português).
Dessa forma, entre as principais tecnologias usadas no Live Commerce, o Alibaba destaca:
Diante disso, apesar da recente adesão, não há dúvidas de que o Live Commerce no Brasil ainda tem um longo caminho a ser percorrido…
No Brasil, grandes varejistas como Americanas, Renner e Casas Bahia já trabalham com Live Commerce, mas não na mesma proporção que a China…
E, de acordo com a trainer do Alibaba Global Initiatives, algumas táticas utilizadas no país mais populoso do mundo podem ser consideradas por empresas interessadas nessa estratégia de venda por aqui, como:
De forma geral, preparar uma transmissão ao vivo para Live Commerce não é tarefa fácil. Principalmente porque essa tendência demanda um esforço por parte das empresas, e isso pode ser até um dos motivos pela estratégia ainda não ser tão forte no Brasil…
Em relação a isso, Thiébaut comenta sobre a possibilidade do Live Commerce ser um fenômeno no Brasil assim como é na China:
“O mundo é muito interconectado, então, creio que várias tendências que a gente vê na China acaba chegando ao Brasil. Como a Amazon Live, que utiliza o mesmo modelo da China.”, destaca a executiva.
Mas não somente a Amazon, o AliExpress também tem planos de investir no Live Commerce no país agora que o marketplace está aberto aos vendedores brasileiros.
Diante disso, está claro que o Live Commerce é um fenômeno na China, claro. Mas no Brasil o crescimento dessa estratégia de venda não acontece na mesma velocidade…
Principalmente levando em consideração a participação do Ecommerce nos resultados gerais do varejo. No país asiático, as vendas online já atingem 51% do varejo em geral. Por aqui, o Ecommerce atinge cerca de 11%, segundo o índice SpedingPulse.
Logo, considerando que além dos exemplos citados, empresas como Arezzo, Farm, Schutz e Riachuelo já estão investindo nessa modalidade, há grandes possibilidades do Live Commerce continuar em ascensão no país.
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