Quem entrega mais rápido, vende mais. Esta é a lógica que vem norteando as estratégias de logística das gigantes do varejo nos últimos meses. Diante desse cenário, todas as empresas estão trabalhando fortemente para expandir sua logística de entrega. A Magazine Luiza, por exemplo, deu mais um passo nesse sentido nos últimos dias.
A verdade é que as vendas realizadas no Ecommerce estão sendo avassaladores: foram mais de R$ 38,8 bilhões só no 1º semestre de 2020, representando uma alta de 47% nas vendas, segundo o relatório Webshoppers 42.
E, para não perder mercado em meio a esse cenário extremamente animador, a Magazine Luiza fez mais um movimento para aprimorar sua logística de entrega: comprou duas empresas especialistas na área…
Ao longo deste artigo, vou te contar quais são essas duas companhias e como seus serviços ajudarão a Magalu. Além disso, vou explicar um pouco mais sobre a corrida pelo frete mais rápido e eficiente que tem feito parte da rotina das varejistas. Veja.
A famosa Magalu acaba de anunciar a conclusão das aquisições da GFL Logística e da SincLog…
A GLF foi fundada em 2015 e é uma das principais plataformas de logística para Ecommerce atualmente, tendo com grande atuação no interior de São Paulo e sul de Minas Gerais…
De acordo com a Magazine Luiza, a GFL teve um crescimento rápido desde sua criação. E, hoje, atende mais de 600 municípios.
Em sua frota, há cerca de 850 motoristas independentes – com veículos próprios -, e que realizam todos os dias as coletas e entregas de mercadorias leves do Ecommerce. Ao todo, a empresa realiza mais de 500 mil entregas por mês (números não auditados)…
Além da GFL, a Magazine Luiza também adquiriu a plataforma de tecnologia SincLog, que é utilizada pela GFL e outras 30 transportadoras que atuam no país…
Segundo a varejista, os serviços prestados pelas empresas devem crescer fortemente dentro do ecossistema da Magazine Luiza…
Por isso, vamos explicar a seguir por que exatamente a Magalu comprou essas empresas. Dá só uma olhada…
Em nota, a Magazine Luiza afirma que a compra da GFL faz parte de sua estratégia de realizar entregas mais rápidas…
E também de expandir significativamente os serviços de coleta e “last mile” – que é a última etapa de uma entrega – para os sellers.
Na prática, isso vai reduzir fortemente os custos e prazos de entrega de todo o marketplace.
Outro ponto importante é que a GFL será integrada à operação da Logbee. Sobre isso, a varejista informou:
“Com a aquisição, o Magalu amplia em 50% a capacidade de entrega da Logbee, o que possibilitará expandir com ainda mais velocidade serviços como o ship from store e a logística de coleta e entrega para os sellers”, concluiu o Magazine Luiza.
Já sobre a compra da plataforma SincLog, espera-se a integração dos serviços que são são utilizados pela GFL, como:
Ou seja, a compra das empresas simboliza a iniciativa de a Magazine Luiza expandir ainda mais seu serviço de logística ao redor de todo o país…
Mas mais do que isso…
A aquisição das companhias da área de logística representa para o mercado o que hoje é chamado de “Guerra dos Fretes”.
Isto é, gigantes do varejo estão correndo contra o tempo para aprimorarem ainda mais seus serviços e, junto a isso, se destacarem da concorrência quando o assunto é entrega rápida.
Explico todo esse cenário nos próximos tópicos. Acompanhe…
Para você ter uma ideia, nos últimos anos, as vendas feitas pela internet cresceram de cerca de 20% ao ano. Contudo, com a pandemia, houve um avanço de 56,8% entre janeiro e agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Em meio a tudo isso, o prazo médio das entregas no Brasil teve uma alta considerável nesse período, atingindo 11,8 dias em junho, segundo pesquisa da Nielsen.
Assim, é justamente a redução dos valores de fretes e dos prazos de entrega que virou o ponto principal da disputa entre as varejistas do Brasil.
Por isso, não é uma atitude estranha ou sem sentido as varejistas focarem em aprimorar seus serviços de logística de entrega…
Aliás, as gigantes do setor não querem perder nenhuma oportunidade de venda diante desse cenário extremamente animador. E já estão trabalhando para isso não acontecer…
Além das últimas aquisições, a Magalu informou recentemente a abertura de um centro de distribuição em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com inauguração prevista para outubro.
Além disso, em 2021, a empresa também pretende abrir lojas físicas no estado como forma de integração com toda a sua cadeia do Ecommerce. Isso, na verdade, também faz parte da expansão da logística da empresa, já que tem sido comum o uso de lojas físicas como pequenos centros de distribuição.
Mas a Magazine Luiza está longe de ser a única varejista a apostar em estratégias para melhorar o tempo de entrega…
O Mercado Livre é outro nome que tem investido pesado nesse sentido. Só nos últimos meses, a companhia mais valiosa a América Latina, abriu seu 3º CD no país, contratou 60 carretas para auxiliar nas entregas…
E mais: comprou a Kangu, startup brasileira de logística que já atuava como parceira da empresa há algum tempo.
Além dessas companhias, a Amazon é outra que tabém não está perdendo tempo quando o assunto são as entregas mais eficientes e rápidas…
A companhia norte-americana abriu recentemente mais um CD no Brasil, em Cajamar, região metropolitana de São Paulo. Ao todo, são 5 centros da Amazon em todo o país.
E, assim como o Mercado Livre, a Amazon foi citada como um dos nomes que querem comprar os Correios – discussão que vem sendo amplamente antes mesmo da chegada do fim da greve da estatal.
Além dessas companhias, a B2w é outra gigante que está com o mesmo foco de expansão da área de logística…
A dona das Lojas Americanas, Submarino e Shoptime atua com cerca de 200 locais de apoio como mini-hubs, além de 1.700 lojas físicas em todo o Brasil que funcionam como pequenos centros de distribuição.
Sendo assim: não há como negar…
As varejistas sabem bem que a empresa que vender mais rápido é a que, consequentemente, venderá mais produtos.
A ideia é aproveitar o boom do Ecommerce nos últimos meses, claro. Mas mais do que isso… As companhia também estão de olho no futuro…
Isto é: o foco é lucrar também em um cenário pós-pandemia, que, ao que tudo indica, também será bem positivo…
A verdade é que o crescimento do Ecommerce não deve parar nem tão cedo!
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