Última atualização em 3 de novembro de 2021 por Ana Júlia Parreira
Os últimos meses foram marcados por inúmeros recordes atingidos pelo Ecommerce. E os dados recém divulgados pelo relatório Webshopprs 42 conseguiram ser ainda mais surpreendentes: o comércio eletrônico simplesmente teve a maior alta em 20 anos.
Todo esse contexto positivo, claro, foi acelerado pela pandemia. As vendas online, de forma geral, foram muito impactadas pelo isolamento social…
E, nos últimos meses, o Ecommerce teve uma expansão de 40% no número de usuários!
Pode acreditar, há muitos outros resultados animadores como este no levantamento apresentado pelo Ebit no relatório Webshoppers.
Acompanhe todo o artigo para ficar por dentro de toda essa evolução do Ecommerce e descubra quais são os setores e regiões que mais se destacaram no período.
38 bilhões em vendas no 1º semestre de 2020
De acordo com a 42ª edição do relatório Webshopprs, elaborado pela Ebit|Nielsen em parceria com a Elo, o aumento avassalador de 47% no faturamento do Ecommerce foi impulsionado pelos seguintes fatores:
- Um salto de 39% no número de pedidos realizados no Ecommerce, totalizando 90,8 milhões;
- E um aumento de 47% nas vendas, somando R$ 38,8 bilhões.
Além disso, em um comparativo, o faturamento do 1º semestre de 2020 foi 9% maior que 2º semestre de 2019…
O gráfico abaixo mostra de forma mais ampla da evolução do Ecommerce, englobando o período de 2001 até o momento. Dá só uma olhada:
Aumento de pedidos no Ecommerce faz o ticket médio voltar a crescer
Outro ponto animador é retomada de crescimento do ticket médio…
Com o aumento do número de pedidos, o ticket médio teve uma elevação de 6% em relação ao 1º semestre de 2019.
E todo esse movimento, naturalmente, é reflexo de uma maior parcela da população comprando pela internet…
Veja:
Ecommerce alcança 41 milhões de usuários
Esse número exponencial corresponde a uma expansão de 40% em um comparativo ao 1º semestre do ano passado.
Para você ter uma ideia, neste total de usuários, 7,3 milhões fizeram compras pela internet pela primeira vez.
Ao todo, foram:
- 40% de usuários recorrentes;
- 38% de novos usuários;
O gráfico abaixo mostra tudo isso em detalhes:
Os chamados heavy users (que fazem mais de quatro compras no semestre) também foram ponto de destaque, marcando 58% de participação.
Destes, 20% realizaram mais de dez pedidos nesse período…
Nesses mesmos meses de 2019, os compradores frequentes representavam cerca de 53%.
Dessa forma, todo esse aumento de novos usuários é extremamente positivo… Parte desse resultado foi conquistado pela grande atuação do Marketplace, como vou te mostrar a seguir.
Marketplace é o destaque
As varejistas de marketplaces (que vendem somente online) são as responsáveis por 78% no faturamento total do Ecommerce no país, correspondendo a R$ 30 bilhões.
Entretanto, um ponto chamou a atenção no relatório quando o assunto é marketplace:
Cerca de 32% dos consumidores declaram não saber o que é um Marketplace… Isto é, alguns consumidores desconhecem que Marketplaces podem ter dois tipos:
- Bricks and Clicks: possuem tanto lojas físicas quanto digitais;
- Pure Players: atuam exclusivamente no ambiente digital.
Mesmo assim, o relatório conseguiu reforçar algo que já é consenso hoje no mercado: o hábito de compra no Ecommerce não será algo passageiro.
Julia Avila, líder da Ebit|Nielsen, concorda. Segundo ela, “a cada semestre, o volume de pedidos e o faturamento cresce […] Quase 94% dos consumidores relatam a intenção de comprar alguma coisa online nos próximos três meses”.
Portanto, em meio ao isolamento social, fazer compras via Ecommerce se tornou a saída para evitar aglomerações e o possível contágio do Covis-19. Contudo, engana-se quem pensa que essa tendência tem os dias contatos. O próprios dados confirmaram isso: o Ecommerce veio para ficar.
