Por que Muitas Varejistas Estão Virando Marketplaces? Entenda!

Última atualização em 23 de novembro de 2021 por Ana Júlia Parreira

Diversas varejistas em todo o país estão realizando investimentos para virarem marketplaces. Em uma tentativa de expandir os negócios e atrair mais clientes, marcas que já atuam no Ecommerce como a Ortobom, Arezzo e Marisa miram na estratégia de abrir suas plataformas de venda online para a entrada de lojistas terceiros

O foco principal dessas empresas é ampliar canais de venda e oferecer um maior sortimento de produtos aos consumidores, visto que esses sellers comercializam itens de diversas categorias…

O marketplace é uma espécie de shopping virtual e serve como uma vitrine para lojistas e empresas anunciarem mercadorias. São plataformas promissoras quando o assunto é aumento das vendas, justamente porque recebem um grande fluxo de compradores todos os dias

Para você ter uma ideia, os marketplaces apresentaram um crescimento disparado nos últimos meses. Segundo dados do Ebit | Nielsen, plataforma de opinião de consumidores do Brasil, em 2020 a modalidade ocupou 78% de participação no faturamento do Ecommerce. Diante disso, varejistas estão focadas em começar a investir nesse tipo de negócio. Entenda mais detalhes a seguir…

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(Imagem: Get Images)

Marcas Estão na Corrida Para se Tornarem Marketplaces

Ao que tudo indica, companhias de diversos segmentos estão na corrida para se tornarem marketplaces. A Ortobom, fabricante de colchões, é um exemplo de empresa que está apostando em uma plataforma própria para contar com os serviços de outros vendedores e marcas… 

A empresa lançou o Ortobom Shop sob o foco de ir além da venda de colchões. O marketplace disponibiliza produtos que vão de eletrodomésticos a itens de casa e construção, contando com os serviços de marcas como JBL, Brastemp, Electrolux, Tramontina, Multilaser e Samsung. 

Tal estratégia foi pensada para diversificar o número de categorias oferecidas no site da empresa e pode ser vista como uma maneira de aumentar a credibilidade da companhia no mercado.

Além disso, a Marisa, varejista do segmento de moda, seguiu o mesmo caminho de sua concorrente C&A e divulgou a abertura do marketplace da empresa. Na tentativa de conquistar novos consumidores, a companhia anunciou que lojistas parceiros poderão vender produtos além do segmento de moda feminina…

A plataforma já conta com itens de marcas renomadas como Beleza Natural, Forever Liss, Honey Be, Mormaii, Kyly e Passarela. A expectativa é que a plataforma seja responsável por 20% de toda a venda dos canais digitais da Marisa em 2022, com a abertura de novas categorias e funcionalidades.

Vale mencionar ainda que a Arezzo&Co, empresa do setor de calçados, bolsas e acessórios, também investiu na estratégia. A varejista lançou um marketplace que reúne todas as marcas do grupo: Arezzo, Schutz, Alexandre Birman, Anacapri, Fiever, Alme e Vans… 

Hoje, o chamado ZZ Mall, nome concedido ao marketplace da Arezzo&Co, reúne aproximadamente 70 marcas em sua plataforma e ampliou em quase três vezes o volume de vendas da companhia. Dessa forma, não há como negar que as varejistas encontraram um caminho lucrativo ao se tornarem marketplace…

Por que Cada Vez Mais Varejistas Investem em Marketplaces

O principal motivo para isso acontecer é justamente a oportunidade de diversificar os tipos de mercadorias oferecidas. Inclusive, ao contar com o serviço de vendedores terceiros, maior é a variedade de produtos que os clientes podem encontrar.

Antes da existência dos marketplaces, os consumidores precisavam navegar por sites diferentes para comprar o que desejavam. Hoje, por meio dessas plataformas, é possível encontrar uma pluralidade de itens de diversos segmentos em um único lugar, como aparelhos eletrônicos, peças de roupas, produtos para limpeza, artigos esportivos etc. 

Na prática, isso é crucial para ampliar o volume de vendas das varejistas. Um exemplo é o sucesso do Magazine Luiza que, após alcançar a marca de 100 mil vendedores no marketplace, a empresa reportou que a  plataforma atingiu faturamento de R$ 3,5 bilhões, crescendo 67% no 3º trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020.

Assim, os marketplaces são poderosos para influenciar positivamente na experiência dos clientes, podendo aumentar a satisfação dos compradores quanto aos serviços prestados, uma vez que os consumidores conseguem encontrar todos os produtos que desejam em um único espaço virtual de forma rápida, prática, com uma excelente logística e meios de pagamento variados. E mais do que isso…

Marketplaces São Cruciais Para Otimização das Operações 

Atender diversas regiões de maneira prática tornou-se mais fácil com vendedores cadastrados na plataforma espalhados por todo o país. Isso porque, com a presença nos marketplaces de lojistas de todo o país, é fácil atender clientes de diferentes lugares e os custos de frete para os consumidores são menores.

Nesse sentido, não é à toa que diversas varejistas investem na construção de centros de distribuições em diversas regiões do país. A Amazon, por exemplo, vem apostando na implementação de CDs na região Nordeste. Recentemente, a empresa inaugurou espaços em Pernambuco e no Ceará, e no total já conta com 12 centros de distribuição no Brasil.

Algo que também é relevante é que os marketplaces otimizam condições de operação e de custos para as varejistas, como na gestão de estoque… 

Com a presença de sellers no marketplace, uma empresa tem a garantia de estoque. Principalmente se o vendedor dominar o mesmo segmento da varejista. Por exemplo, se o cliente entra no site à procura de uma TV e o estoque da varejista acabou, o vendedor do marketplace supre isso e a venda não é perdida. 

Dessa forma, fica claro que a corrida para varejistas virarem marketplace está cada vez mais intensa. Fator que fica ainda mais evidente diante do crescimento expressivo do Ecommerce nos últimos meses…

Exemplo disso é que o setor atingiu patamar histórico no 1º semestre de 2021 ao registrar um faturamento de R$ 53,4 bilhões, segundo dados do relatório Webshoppers 44, realizado pela Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs

E uma outra pesquisa, feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta uma estimativa de faturamento de R$ 304 bilhões para o Ecommerce no Brasil até o final de 2021. Ou seja, as varejistas que desejam crescer no mercado e continuar faturando não podem ignorar a importância do setor de venda online. Por isso, investir em marketplaces tem sido um bom caminho para evoluir nesse sentido. 

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