O cenário positivo do Ecommerce não aparenta ser o suficiente para as grandes varejistas pararem de abrir mais lojas físicas. Pelo contrário, nomes importantes do varejo têm anunciado cada vez mais a abertura de novas unidades físicas ao redor do país…
Mas qual seria as verdadeiras razões para as companhias apostarem no varejo físico, mesmo ciente das inúmeras vantagens que o Ecommerce tem a oferecer hoje em dia?
Esse é um questionamento importante para os empreendedores entenderem o movimento do mercado como um todo. Porém, antes de buscar por respostas, é válido entender o contexto atual das principais varejistas nesse sentido…
Uma das principais notícias que movimentou o mercado de varejo nos últimos meses foi o anúncio da chegada do Magazine Luiza no Rio de Janeiro. A varejista de São Paulo investiu cerca de R$ 100 milhões na inauguração das novas lojas e também na divulgação em todo o Rio de Janeiro.
Além do Magalu, recentemente o marketplace de móveis e decoração Mobly também anunciou inauguração de loja física. A medida, que foi colocada em prática no ano passado, impactou a receita líquida operacional da companhia no balanço do 2º trimestre de 2021. Em números, a Mobly totalizou R$ 175,7 milhões no período de abril a junho…
Já em janeiro deste ano, o MadeiraMadeira também informou que pretendia abrir lojas físicas. E os planos saíram do papel tendo em vista que companhia inaugurou sua 100º loja após ter se tornado unicórnio ao receber um aporte milionário.
Outra empresa que também apostou no varejo físico foi a loja de vestuário Amaro. Em setembro deste ano, a varejista anunciou a expansão das lojas físicas em diversos estados do Brasil, como Recife (SP), Brasília (DF) e Salvador (BA)…
Um dos fatores que motivou a decisão da Amaro foi justamente a expectativa de transformação do varejo em um momento pós-pandemia. Vale lembrar que o fechamento das lojas físicas causado pelas restrições de isolamento social acarretou sérios problemas aos empreendedores…
Ou seja, lojas que não vendiam online foram praticamente forçadas a optar pela digitalização. E, conforme os meses foram passando, os hábitos dos consumidores se adaptaram à prática de fazer compras online…
A prova disso é que, além do Ecommerce ter atingido um patamar histórico no país no 1º semestre, segundo o relatório Webshoppers 44, não há sinais de mudança nesse sentido. Tanto que o faturamento do Ecommerce em agosto cresceu 20% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o recente índice MCC-ENET.
Considerando também o cenário global, as lojas de departamento, como a Kohl’s, Macy’s e Nordstrom, têm apostado em serviços omnichannel para aprimorar a experiência do cliente na loja física e no Ecommerce. E essas apostas não tem sido em vão…
A Nordstrom contou ao NRF Blog que, durante a liquidação de aniversário deste ano, 40% dos pedidos de coleta foram retirados em uma loja Nordstrom Rack.
Diante disso, é perceptível que há uma relação entre o varejo físico e o Ecommerce. Tanto que até a gigante varejista Amazon está com planos de abrir lojas de departamento nos Estados Unidos. Mas vamos entender todo esse cenário em mais detalhes a seguir…
De fato, a integração dos serviços definitivamente pode aprimorar a experiência do cliente. Por exemplo, muitos consumidores optam por comprar online e retirar os produtos na loja física, transformando esses espaços em verdadeiros mini centros de distribuição…
E mais do que isso…
Essa modalidade de entrega, que costuma incluir frete grátis, é bastante atrativa para os compradores, especialmente quando há uma loja física próximo de suas residências.
De forma geral, esse é um movimento que ajuda nas vendas online. Exemplo disso é o Grupo Pão de Açúcar, que, diante do aumento das vendas no marketplace, anunciou em seu balanço do 2º trimestre de 2021 a ampliação do horário de funcionamento do Clique & Retire:
“Estamos investindo e incentivando esta modalidade uma vez que entre 40% e 50% dos clientes do Clique & Retire fazem compras adicionais durante o processo de retirada do pedido em loja”, afirma o grupo na época.
Logo, nota-se que o Grupo Pão de Açúcar tomou uma decisão estratégica para aumentar o volume de vendas, já que os consumidores precisam ir até a uma loja para retirar os itens comprados. Isto é, nada disso seria possível se não existissem as lojas físicas…
Embora muitas empresas tenham fechado as portas em 2020 ou até mesmo migrado completamente para o Ecommerce, não há como negar o potencial que as lojas têm. Especialmente quando os estabelecimentos oferecem serviços integrados ao cliente que o motivem a fazer mais compras.
Sendo assim, quando o físico e o digital estão conectados, as grandes varejistas têm fortes chances de faturar alto e fidelizar ainda mais clientes a curto prazo. Ou seja, são conquistas que toda empresa deseja alcançar para ficar à frente dos concorrentes e se destacar nesse mercado altamente competitivo.
Quem trabalha ou apenas acompanha o mercado de e-commerce sabe que o cenário atual nunca…
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