CEOs do Setor de Varejo Estão Otimistas Sobre Cenário Pós-Pandemia

Última atualização em 23 de dezembro de 2021 por

Uma pesquisa chamada KPMG 2021 CEO Outlook: Brasil, feita pela empresa de prestação de serviços profissionais KPMG, aponta que os CEOs brasileiros estão otimistas em relação ao cenário pós-pandemia. 

O relatório está dividido em grupos de análise, que contam com a participação de representantes de setores-chave da indústria, como Consumo e Varejo, Gestão de Ativos, e Tecnologias e Comunicações.

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(Imagem: Freepik)

Segundo o estudo, há uma similaridade entre os líderes brasileiros e do grupo Core Countries (Países centrais, em português), já que 82% dos CEOs se dizem confiante em algum nível no crescimento da economia de seus países nos próximos 3 anos

Um dos motivos prováveis que impulsionam o otimismo é a perspectiva de fim da pandemia, já que a vacinação em massa acontece em todo o mundo. 

CEOs Brasileiros Têm Interesse em Avançar na Digitalização

Sobre as iniciativas que serão colocadas em prática pelos CEOs brasileiros para buscar a expansão de seus negócios nos próximos 3 anos, a pesquisa aponta as seguintes, em torno de 30%:

  • Crescimento orgânico;
  • Alianças estratégicas com terceiros.

Inclusive, 50% dos brasileiros indicaram um baixo apetite por fusões e aquisições no próximo triênio. No que diz respeito à atingir os objetivos de crescimento no mesmo período, 64% dos executivos brasileiros indicaram aumentar o investimento em detecção de disrupções e processos de inovação.

Considerando que a cadeia de suprimentos foi uma das áreas mais afetadas durante a pandemia, a KPMG questionou as estratégias que os CEOs pretendem adotar nos próximos 3 anos. O destaque foi para Melhorar o Monitoramento, indicado por 38% dos CEOs brasileiros e 36% dos líderes do grupo Core Countries. 

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(Imagem: KPMG 2021 CEO Outlook: Brasil)

Sobre os riscos de crescimento, 24% dos entrevistados temem ameaças como tecnologias disruptivas e 22% de falhas das cadeias de suprimentos. Outro ponto em comum entre os CEOs de diferentes países é a urgência de buscar cooperação multilateral no sistema tributário global (74%), como uma solução a um provável reflexo da pandemia nas finanças públicas. 

De acordo com Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo na KPMG no Brasil e na América do Sul, a pandemia impactou a maneira como os CEOs brasileiros direcionam as medidas nos seus negócios: 

A maioria dos líderes empresariais aprendeu lições importantes com a pandemia. Entre os CEOs brasileiros do setor, há mais interesse em promover iniciativas direcionadas para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos funcionários, na comparação com executivos de outros países”, explica o executivo. 

O cenário ainda resultou em uma mudança de foco para o componente social do ESG, sigla que se refere à Governança Ambiental, Social e Corporativa. Em seguida, a KPMG inicia uma seção comparativa da opinião dos CEOs entre o cenário do Brasil em 2020 e 2021…

Aumenta a Confiança dos CEOs no Setor em que Operam 

Em 2020, 76% dos CEOs estavam confiantes no crescimento do setor em que operam. Em 2021, o percentual subiu para 86%. Além disso, 50% dos líderes brasileiros estavam muito propensos a realizar uma operação de M&A – Merges & Acquisitions (Fusões & Aquisições, em português) como estratégia de crescimento em 2020. Em 2021, esse cenário caiu para 40%. 

No entanto, ocorreram outras mudanças durante os últimos doze meses. A quantidade de CEOs brasileiros entre 50 e 59 anos está em 78%. E o número de empresas que registraram receita acima de US$ 10 bilhões no último ano fiscal está em 46%.

Vale destacar que o total de empresas que registram crescimento este ano continua em um patamar acima de 50%. No entanto, as companhias de estrutura de capital aberto tiveram um desempenho superior e cresceram de 60% para 76%.

Medidas Colocadas em Prática Pelas Companhias em 2021

Apesar do estudo mencionar uma redução no interesse em Fusões e Aquisições, o ano de 2021 está sendo marcado por uma série de feitos nesse sentido O Magazine Luiza é um exemplo a ser observado de perto pelos empreendedores…

A varejista fechou mais de 10 acordos de compra de empresas somente este ano, como da KaBuM, VipCommerce, e do site Jovem Nerd. Neste mesmo ano, o Mercado Livre comprou a empresa de logística Kangu

E, em meio a conversas iniciais de uma possível aquisição da Marisa, a Americanas anunciou a compra da rede social para leitores Skoob e da rede de supermercados Hortifruti.

Vale ressaltar que o levantamento indica que 76% dos CEOs brasileiros pretendem garantir que sejam mantidos os ganhos de sustentabilidade obtidos durante o período de crise…

Sobre o fato de uma das preocupações das lideranças brasileiras ser sobre ESG,  as ações das companhias em 2021 estão alinhadas ao movimento sustentável. Nos últimos doze meses, a Americanas expandiu sua frota de veículos elétricos e o Mercado Livre implementou uma frota movida à gás.

Ciente das previsões apontadas pela pesquisa sobre o cenário pós-pandêmico, é possível ter uma noção do que está na mente dos CEOs que lideram grandes companhias no país. Isto é, os possíveis planos que serão colocados em prática e as medidas que serão priorizadas para as suas empresas continuarem crescendo no mercado em 2022…

Ou seja, circunstâncias que devem ser acompanhadas com bastante atenção pelos empreendedores, independentemente do segmento, para utilizá-las como forma de reflexão nas operações do seu negócio.

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