O balanço referente ao 1º trimestre da B2W saiu há alguns dias e, não teve jeito: o mercado todo ficou de olho nos números. E você sabe por quê? Porque mesmo com um crescimento de 90% nas vendas, a companhia obteve um prejuízo bem significativo…
Na prática, parece que o resultado aconteceu devido a uma decisão da própria varejista de sacrificar a margem para acabar ganhando mais espaço no mercado. Mas vamos entender tudo isso em mais detalhes ao longo do artigo… Veja.
Em fato relevante, o Grupo B2W informou que atingiu uma receita líquida de R$ 2,942 bilhões nos três primeiros meses do ano, representando um crescimento de 73,5% – em relação aos R$ 1,696 milhões obtidos no mesmo trimestre de 2020.
Além disso, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da varejista foi de R$ 129,4 milhões, simbolizando um avanço de 1,4% em comparação aos R$ 127,6 milhões registrados um ano antes…
O GMV (volume bruto de mercadorias) total do 1º trimestre foi de R$ 8,680 bilhões, o que marcou uma alta de 90,4% em um comparativo com os três primeiros meses do ana passado, que atingiu R$ 4,588 bilhões.
Mas não só isso…
O documento também destaca que o número de clientes ativos da B2W digital atingiu 22,9 milhões entre janeiro e março deste ano, correspondendo a um aumento de 6,2 milhões.
E, em relação a entrega rápida, o balanço trimestral da B2W afirma que foram realizadas 2,1 milhões de entregas em até 3 horas, o que corresponde a 13,7% das entregas totais. Já as entregas em até 24 horas, representam 44% do total.
Com isso, um ponto de atenção é que a B2W acabou encerrando o mês de março com um prejuízo de R$ 163,6 milhões, em relação a um prejuízo de R$ 108 milhões computados no mesmo período do ano passado…
E, não há como ignorar, esse aumento de mais de 50% no prejuízo foi algo bem significativo nos resultados e planos da B2W…
Como justificativa para o alto prejuízo, Raoni Lapagesse, diretor de relações com investidores da B2W, afirmou que a opção foi abrir mão de margem para ganhar terreno. E lembrou que a concorrência também fez isso em algum momento…
Em meio a esse cenário, o analista Guilherme Assis, do Banco Safra, afirmou ao ESTADÃO que a B2W precisa ter maior foco na rentabilidade:
“Nossa visão é de que qualidade importa, e os investidores precisam ser seletivos e demandar uma visibilidade maior de rentabilidade, em vez de simplesmente comprar a história de crescimento de GMV (volume de vendas)”, afirma.
Além disso, o analista disse que que hoje a B2W já conseguiu igualar as condições ofertadas aos sellers de seu marketplace às disponibilizadas pelo gigante Mercado Livre, por exemplo.
E mais do que isso…
A companhia também manteve fortemente a iniciativa de oferecer cupons de descontos aos clientes durante os três primeiros meses do ano.
Ou seja, a B2W investiu pesado para crescer no mercado sem dar o foco total em apenas lucrar, o que realmente foi uma estratégia um tanto ousada…
E há, de fato, a necessidade de a B2W dar mais atenção à rentabilidade. Mas também não dá para ignorar a jogada de mestre da companhia em ter anunciado há algumas semanas a fusão com as Lojas Americanas…
Sim, a união entre B2W e Lojas Americanas resultou na americanas s.a., como explicamos na matéria: Americanas e B2W: Entenda Como União Pode Movimentar o Mercado.
E um dos pontos de destaque nesse novo contexto é que a americanas s.a. será listada na bolsa americana e isso, consequentemente, vai gerar inúmeras vantagens para os negócios, inclusive no que diz respeito às questões levantadas sobre o 1º trimestre da varejista.
Assim, é possível dizer que a união entre as duas empresas nunca fez tanto sentido, principalmente neste momento em que o Ecommerce tem registrado resultados avassaladores…
Para você ter uma ideia, o valor movimentado pelo setor no ano passado foi de R$ 87,4 bilhões. Em números de pedidos, a alta foi de 30%, totalizando 194 milhões – de acordo com dados do relatório Webshoppers 43.
E, em meio a essa nova fase, é nítida a possibilidade da companhia competir de igual para igual com as suas concorrentes diretas, como Magalu e Mercado Livre…
Inclusive, está nos planos da americanas s.a. fazer novas aquisições, o que é algo bem animador nesse sentido…
Junto com o anúncio da fusão, também foi divulgado que a americanas s.a. celebrou um acordo com a BR Distribuidora, que vai operar nas lojas nos postos de combustíveis. Recentemente, também houve a aquisição de 70% das ações do Grupo Uni.co, dono das marcas Puket, Imaginarium, MinD e Lovebrands.
Sendo assim, é verdade que o prejuízo do 1º trimestre da B2W foi um tanto preocupante. Mas, ao que tudo indica, a varejista está focada em seu crescimento, sabe exatamente o que está fazendo e conta com as novas mudanças para levá-la justamente ao topo do mercado…
Agora, é esperar para ver como será o desempenho da companhia no 2º trimestre. Isto é, se vai dar para reverter o prejuízo obtido nos meses anteriores ou se a B2W vai continuar focada na estratégia de ganhar ainda mais mercado.
Gostou do artigo? Para não perder essas e outras dicas, inscreva-se AGORA MESMO em nossa newsletter e receba mais artigos como este! É só clicar no box abaixo.
Quem trabalha ou apenas acompanha o mercado de e-commerce sabe que o cenário atual nunca…
A Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) anunciou recentemente que levará um pedido aos shoppings…
O Twitter iniciou recentemente a fase de testes de uma nova função para a rede…
A Comissão Nacional de Tecnologia da Informação e Liberdade (CNIL) da França multou recentemente o…
A plataforma digital de serviços financeiros Nubank recentemente se tornou membro da Rede Brasil do…
A Uber anunciou nesta quinta-feira (6) o encerramento das entregas de restaurantes pelo aplicativo Uber…