Apenas um dia após seu lançamento, o Whatsapp Pay foi suspenso pelo Banco Central e pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Enquanto empreendedores de todo o mundo sabem o quanto o Whatsapp é poderoso para atendimento e venda de produtos, o futuro da nova funcionalidade estava incerto aqui no país até então… Uma realidade que está prestes a mudar!
Atualmente, o Brasil possui 1.500 milhões de usuários ativos no Whatsapp, segundo o relatório Digital in 2019, do site We are Social. E o país seria um das primeiros a experimentar o Whatsapp Pay. Com as suspensões, a espera para a realização de transações diretas pelo aplicativo foi longa…
Mas a boa notícia é que agora o app de mensagens pode ser usado para realizar transferências entre usuários.
Separamos , ao longo deste artigo, os principais pontos para você entender os motivos que levaram à suspensão dessa funcionalidade e, claro, a liberação do Whatsapp Pay aqui no país. Acompanhe:
O Whatsapp Pay é um sistema de transferências e pagamentos por meio do Whatsapp. Essa é uma iniciativa do grupo Facebook, que já falava sobre as integrações Facebook Pay há algum tempo, mas ainda não estava disponível no Brasil.
A proposta dessa funcionalidade é possibilitar que usuários façam transações financeiras sem precisar sair do Whatsapp...
Para tudo isso acontecer da forma adequada, o processamento das operações no Whatsapp Pay seria feito pela Cielo, que possui grande percentual do mercado brasileiro. Os cartões aceitos seriam Nubank, Banco do Brasil e Sicredi…
De acordo com a demonstração que foi feita, os pagamentos seriam feitos dentro do ambiente o qual os usuários já estão habituados: as janelas de conversa.
Assim, para pessoas físicas, o Whatsapp Pay teria um limite de 5 mil reais por mês e 20 transações por dia. Para perfis comerciais, uma taxa de 3,99% seria cobrada por cada transação.
A taxa, embora questionada por muitos empreendedores, seguia num preço competitivo. No Mercado Pago, por exemplo, a taxa é de 4,99%.
No entanto, o Whatsapp Pay, até passar pela regulamentação do Banco Central, permaneceu no plano das ideias…
A primeira suspensão veio pelo Banco Central, que afirmou ser necessário fazer uma avaliação de riscos para que sejam evitados danos irreparáveis à competição, eficiência e privacidade de dados.
Em seguida, o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) também se pronunciou, pedindo a suspensão do Whatsapp Pay.
De acordo com o CADE, a parceria do Facebook com a Cielo oferecia riscos sérios à concorrência.
Levando isso em conta, vale a pena ressaltar dois pontos importantes:
Ou seja, para o CADE, esse cenário poderia causar um desequilíbrio na atuação igualitária de todas as empresas do setor.
Muitos afirmam, inclusive, que o WhatsApp Pay poderia causar danos a uma possível grande adoção do PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.
Tal possibilidade também tem sido questionada, pois o sistema desenvolvido pelo BC já conta com o apoio de quase 1000 instituições financeiras.
Sendo assim, a ideia seria a de preservar ao máximo um ambiente competitivo, sem afetar o bom funcionamento de um sistema de pagamentos seguro, transparente, aberto e barato…
Há alguns meses, o Facebook – dono do Whatsapp – e a Cielo pediram ao CADE reconsideração sobre a suspensão dos pagamentos e transferências feitas entre os usuários do aplicativo.
O pedido de revogação foi aceito pelo CADE e a decisão foi tomada logo após o órgão analisar as informações concedidas pelo Facebook e Cielo, que sofreram investigação sobre a possibilidade de o acordo entre elas ser uma joint venture (uma associação entre as empresas)…
As companhias negaram a hipótese de concentração de forças. Também afirmaram que a parceria não é algo exclusivo, preservando, assim, a atuação autônoma e independente das empresas em atividades diferentes.
Na tentativa de finalizar todo esse impasse, tanto o Facebook quanto a Cielo ressaltaram que o Whatsapp Pay não é um serviço que configura fusão, aquisição ou incorporação das empresas…
O que significa que não oferecem possíveis riscos às demais empresas do setor.
Até aquele momento, mesmo com a liberação do CADE, o Whatsapp Pay continuava inoperante aqui no Brasil, já que o Banco Central também havia solicitado a suspensão do serviço, algo que finalmente aconteceu recentemente…
Sim, o BC acaba de afirmar, nesta terça-feira (30), a concessão da autorização para implementação do programa de pagamentos vinculado ao aplicativo com o Facebook, que é o dono da plataforma, atuando como iniciador de pagamentos.
Assim, inicialmente, as transferências vão acontecer apenas entre usuários comuns. Ou seja: as empresas vão precisar esperar mais um pouco…
Além disso, a aprovação vale para transações que envolvam as empresas Visa e Mastercard, contando com os bancos Nubank, Banco do Brasil e Sicredi, havendo a possibilidade da entrada de novos parceiros futuramente…
Em comunicado enviado ao Infomoney, o Banco Central afirmou alguns pontos relevantes sobre a liberação da ferramenta no país:
“A partir das autorizações concedidas, a decisão por iniciar as operações está a cargo das empresas envolvidas (…) O BC acredita que as autorizações concedidas poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos”, ressalta.
Sendo assim, é possível dizer que a liberação dos pagamentos feitos pelo Whatsapp Pay era algo muito aguardado pelas empresas e consumidores em geral. Afinal de contas, seria mais uma forma de realizar transações de forma rápida, segura e prática.
Diante disso, no que diz respeito ao Ecommerce em si, dá para notar que a chegada do Whatsapp Pay tem tudo para mudar um pouco a forma de se comprar online e, futuramente, também a maneira de se vender, deixando o setor ainda mais competitivo de certa forma…
E mais do que isso…
Após a liberação para as empresas, os pequenos negócios poderão sentir um impacto maior com o Whatsapp Pay, uma vez que uma das maiores plataformas de vendas para esse tipo de empreendedor, é justamente o Whatsapp.
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