Para vender na crise é necessário que diversos fatores estejam a seu favor. Ter um bom produto e um preço justo nem sempre é o suficiente, é preciso ficar de olho também na saúde da economia nacional.
Se nos últimos meses a recessão econômica deixou muitos empreendedores brasileiros de cabelo em pé, o final de 2016 começa a apresentar alguns sinais de recuperação.
No mês de julho, por exemplo, foi a vez do varejo brasileiro comemorar a primeira alta das vendas desde 2015.
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Segundo dados da Boa Vista SCPC, entidade que acompanha o desempenho do varejo no país, o mês de agosto/2016 rendeu um faturamento que é 1,1% maior que aquele alcançado pelos varejistas no mesmo período do ano passado.
Ainda segundo o estudo, já no mês de julho o volume de negócios fechados pelo varejo apresentou crescimento de 1,5%.
Porém, de acordo com o que contou Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC, à Revista PEGN, ainda é muito cedo para apontar se o crescimento será contínuo ou não.
O que se sabe é que, mesmo com os pequenos sinais de uma possível recuperação econômica, o acumulado de 12 meses até agosto ainda indica uma queda de quase 5% no total de vendas do varejo.
Uma curiosidade que chama a atenção dos especialistas diz respeito ao segmento de móveis e eletrodomésticos que, mesmo sendo tradicionalmente mais dependente do crédito, é quem está à frente da recuperação de vendas.
De acordo com fontes consultadas pela Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o crescimento das vendas do varejo já poderia até ter alcançado índices maiores.
O que acontece é que os juros altos e a elevada taxa de desemprego minam bastante a confiança do consumidor.
Apesar disso, os especialistas afirmam que, com a desaceleração da inflação, o otimismo deve ser retomado, impactando positivamente o número de vendas do varejo brasileiro.
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