A Uber não perde tempo quando o assunto é ganhar mais espaço no mercado. Após a queda brusca por corridas devido ao isolamento social, a empresa achou meios de aumentar seu faturamento apostando em novas frentes. A entrega de itens variados é um deles.
Sim, a demanda no segmento de entrega de produtos cresceu absurdamente nos últimos meses…
Para você ter uma ideia, os gastos com delivery cresceram mais de 94% durante pandemia. Ou seja: um mercado extremamente atraente para novos investimentos…
E a Uber, obviamente, não deixaria essa oportunidade passar!
Ao longo deste artigo, vamos explicar mais detalhes sobre a recente expansão que a empresa fez em seus serviços de entrega, além de também mostrar como o delivery tem feito a diferença no faturamento da companhia. Acompanhe!
A Uber, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte, acaba de divulgar que o Uber Flash, sua modalidade de envio de encomendas, não ficará mais restrito apenas às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte…
Agora, o serviço de entregas de pertences vai funcionar em todas as regiões em que a Uber já atua.
Na prática, qualquer pessoa (até mesmo empresas) podem solicitar o envio de um item pelo Uber Flash. É preciso apenas:
Para quem não sabe, o Uber Flash surgiu como uma opção para equilibrar os lucros da empresa em meio à queda das corridas ao longo da pandemia…
E parece que a iniciativa tem dado muito certo…
Para você ter uma ideia, a companhia afirma que, só em 2020, foram enviados mais de 1 milhão de itens pelo Uber Flash.
E mais do que isso…
O serviço do aplicativo Uber apresentou momentos de pico nas solicitações. No dia dos namorados, por exemplo, houve um aumento de 200% na quantidade de viagens através do Uber Flash – em um comparativo com a semana anterior.
Contudo, neste ponto do artigo, você pode estar pensando: vale mesmo a pena para a Uber fazer a expansão para todo o Brasil?
Sim, essa decisão faz total sentido…
Principalmente porque são os serviços de entrega que estão fazendo toda a diferença no faturamento da companhia. Dá só uma olhada nos números…
No 4º trimestre do ano passado, os serviços de delivery da Uber – que abrangem as entregas de comida (pelo Uber Eats), objetos e mercado – apresentaram uma alta de 224% em relação ao trimestre anterior…
Com isso, a empresa conseguiu diminuir o prejuízo de US$ 1,1 bilhão registrado nos últimos três meses de 2019. Ou seja, no mesmo período de 2020, registrou uma perda menor, de U$$ 968 milhões…
Assim, analisando todo o ano passado, o cenário também foi um pouco mais animador. O prejuízo registrado pela Uber foi de US$ 6,77 bilhões, uma quantia 20% melhor em comparação aos US$ 8,51 bilhões perdidos em 2019.
Mas não só isso…
O que chama a atenção é a queda nas corridas em comparação ao 4º trimestre de 2019…
Na prática, houve uma diminuição de 52% nas solicitações. E o faturamento das viagens de transporte de passageiros acabou ficando eme US$ 1,47 bilhões…
Em contrapartida, a receita vinda do serviço de delivery só cresceu, atingindo US$ 1,36 bilhões.
Diante disso, não é à toa que o foco da empresa tem sido a expansão de sua modalidade de delivery…
Antes mesmo de o Uber Flash ficar disponível em todas as cidades em que o app Uber funciona, a empresa já vinha fazendo investimento para crescer nesse sentido…
Em julho do ano passado, a Uber comprou a Postmates, app de delivery de comida, por US$ 2,65 bilhões. Também adquiriu a Drizy, serviço de entrega de bebidas alcoólicas, por US$ 1,1 bilhão.
Portanto, tudo isso só confirma o quanto até as grandes empresas precisaram se adaptar e mudar em meio aos efeitos da pandemia. E mais do que isso…
Certamente está nos planos da Uber fazer ainda mais investimentos para expansão de seus serviços de delivery. Principalmente porque a pandemia ainda não acabou, claro. Mas também porque os hábitos de compra das pessoas estão bem diferentes…
Isto é: boa parte da população que não comprava pela internet (o que inclui sites, aplicativos e demais), passou a adotar as compras online na pandemia. E não tem jeito: as empresas PRECISAM aproveitar todo esse contexto positivo… Ainda mais porque a tendência é que esse comportamento do consumidor continue mesmo com o fim do isolamento social.
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