Responsável por 13,6% de todos os pedidos do ecommerce brasileiro, o segmento de moda e acessórios possui diversas vertentes.
Dentre elas, uma chamou especialmente a atenção de Aline e Diego Utiyama, um casal de imigrantes brasileiros que decidiram montar uma loja virtual de sapatos no Japão.
Agora o detalhe inusitado: a Amora.jp só vende marcas que fazem sucesso aqui no Brasil.
Fique com a gente para entender onde essa história começou!
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O ano de 1998 foi decisivo para a vida de Diego Utiyama. Com a onda de imigração para o Japão, seus pais decidiram que seria uma boa ideia deixar o Brasil para tentar a vida lá fora.
Segundo o que conta Utiyama, ao chegar ao novo país as coisas não eram muito fáceis. Tendo frequentado uma escola para imigrantes brasileiros até o ensino fundamental, o empreendedor logo percebeu que aquilo não fazia parte da sua realidade — já que os pais precisariam trabalhar dia e noite para sustentar uma educação daquele nível.
Decidiu então, por conta própria, deixar a escola no primeiro ano do ensino médio.
Foi aí que começaram a surgir as primeiras oportunidades profissionais: Diego encarou o trabalho em uma fábrica japonesa até os 20 anos, quando saiu do emprego para trabalhar como assistente de recursos humanos.
Segundo o que contou à Revista PEGN, apesar de perceber que sua carreira era promissora dentro da área de RH, Utiyama sempre acreditou que sua melhor saída estava no ecommerce.
“Existe muito potencial nesse mercado, as pessoas estão cada vez mais confortáveis comprando online”, contou o brasileiro.
Leia mais: Como montar uma loja virtual sem estoque?
O primeiro passo rumo à consolidação do sonho foi dado por Aline, esposa de Diego. Apesar de gostar muito de usar calçados brasileiros, ela percebeu que não conseguia encontrar suas marcas prediletas em território japonês.
Pensando que outras imigrantes poderiam estar com o mesmo problema, Aline questionou-se sobre por que não montar uma loja virtual de calçados brasileiros no Japão.
E assim surgiu a Amora.jp, que hoje vende grandes marcas como Dakota, Vizzano, Moleca e Beira Rio.
Ainda de acordo com o que contou o casal à Revista PEGN, cerca de 30% do faturamento da loja é proveniente de clientes estrangeiras, o que é bastante curioso se levarmos em conta o propósito inicial da marca.
Para Diego, não é apenas qualidade e variedade que faz da Amora.jp um sucesso. “Nós também estamos sempre atentos para oferecer calçados que vão do 38 ao 40, numeração um pouco exagerada para os padrões da mulher japonesa”, diz ele.
Com um ticket médio de 5 mil ienes, ou R$140, a empresa deve faturar, em 2017, cerca de 30 milhões de ienes (ou R$981 mil).
Tanto Diego, que tem 29 anos, quanto Aline, com 27, afirmam que os próximos passos da Amora.jp será diversificar marcas e produtos para aumentar o faturamento.
E você, já pensou em montar uma loja virtual de calçados?
Deixe um comentário abaixo do texto falando um pouco mais sobre suas experiências empreendedoras! Adoraríamos conhecer a sua história.
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