Última atualização em 9 de março de 2021 por Maria Alice Medeiros
O balanço trimestral da Magazine Luiza é sempre um dos mais aguardados pelo mercado. Depois de ter resultados bem positivos no 3º trimestre do ano passado, a expectativa para os números referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro estava bem alta.
E é verdade mesmo: só no 3º trimestre de 2020 a Magalu atingiu um lucro líquido ajustado da varejista foi de R$ 216 milhões…
Ou seja: um número bem expressivo e que simboliza o quanto estão dando certo os esforços da varejista para se adequar às mudanças dos hábitos dos consumidores frente à pandemia.
Mas vamos direto ao ponto: e o 4º trimestre, será que foi tão animador para a Magazine Luiza quanto o anterior? É o que vamos explicar ao longo deste artigo…
Como Foi o 4º Tri das Lojas Magazine Luiza
A Magazine Luiza anunciou em seu balanço trimestral que atingiu um lucro líquido ajustado de R$ 232 milhões nos três últimos meses de 2020, o que representou uma alta de 40% na comparação anualizada.
A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 10,065 bilhões, atingindo um crescimento de 57,6% em relação ao 4º trimestre do ano anterior. No acumulado de todo o ano, a quantia foi de R$ 29,2 bilhões, simbolizando uma alta de 46,7%.
E mais…
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Magazine Luiza foi de R$ 523,8 milhões no período. A soma representa um aumento de 5,6% em um comparativo com o mesmo período do ano anterior…
Além disso, a geração de caixa operacional foi de R$ 2,1 bilhões entre outubro e dezembro, e R$3,1 bilhões ao longo de 2020…
Já o desempenho das lojas físicas da Magalu também chamou a atenção: no total, as vendas nas unidades físicas cresceram 16%. E 11% nas mesmas lojas.
Em relação à geração de caixa líquido, a Magazine Luiza afirma que nos últimos 12 meses houve um crescimento de R$ 1 bilhão, saindo de R$ 6,3 bilhões obtidos em dezembro de 2019, para R$ 7,3 bilhões em dezembro de 2020.
Com isso, a companhia terminou o ano com uma posição total de caixa de R$ 9 bilhões – levando em consideração caixa e aplicações financeiras de R$2,9 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 6,1 bilhões.
Mas está enganado quem pensa que os números da Magazine Luiza acabam por aí…
As vendas no Ecommerce também foram destaque ao longo do último trimestre e todo o ano de 2020…
Ecommerce da Magazine Luiza Tem Alta de 121%
As vendas totais da varejista – o que inclui lojas físicas, Ecommerce com estoque próprio (1P) e o marketplace Magazine Luiza – aumentaram em 66,1% para R$ 14,9 bilhões…
De acordo com o relatório, esses resultados foram um reflexo do crescimento de 121% do Ecommerce da Magalu, além de 15,7% nas lojas físicas e 10,9% nas mesmas lojas.
(Balanço 4º trimestre de 2020 da Magazine Luiza)
Mas não só isso…
O crescimento expressivo das vendas digitais simplesmente representou 63,8% das vendas totais da Magazine Luiza…
Com estoque próprio (1P), as vendas tiveram uma alta de 119,8%. O marketplace teve sua participação nesse resultado, contribuindo com R$2,6 bilhões e registrando um crescimento de 122,9%”.
Assim, todos esses resultados expressivos comprovam que a Magazine Luiza foi mais uma grande empresa do setor de varejo a ter um ano corrido e repleto de mudanças…
E para driblar os efeitos causados pelo isolamento social – como medida restritiva da Covid-19 -, a famosa Magalu precisou acelerar suas estratégias digitais…
“Muitos anos em apenas um”
Esse foi o contexto que envolveu o ano passado para a varejista:
“A maior pandemia em mais de um século nos obrigou a viver muitos anos em apenas um”, diz a mensagem da administração no balanço trimestral.
O fato é que a Magazine Luiza sofreu o forte impacto da pandemia. Isto é, o cenário de um alto índice de fechamento de lojas físicas ao redor do país também atingiu a varejista…
Para você ter uma ideia, a companhia precisou encerrar as atividades de mais de mil lojas físicas durante a pandemia.
Diante disso, o desafio foi justamente conseguir contornar toda essa situação complexa. E o caminho escolhido pela Magazine Luiza foi o da digitalização…
Para isso, a companhia comprou diversas empresas ao longo do ano passado com o objetivo de ganhar ainda mais participação no mercado, claro, e expandir sua atuação no digital…
Entre as aquisições, estão:
- Estante Virtual: marketplace de livros usados;
- Hubsales: startup focada na modalidade de comércio Factory to Cusumers (F2C);
- Canaltech: plataforma multimídia com foco na produção de conteúdo de tecnologia em vários formatos;
- Inloco Media: divisão da empresa Inloco, que tem como foco a comercialização de publicidade digital.
- Stoq Tecnologia: startup que desenvolve sistemas de ponto de vendas (PDV) no modelo SaaS (Software as a Service);
- AiQFome: startup de delivery de comida;
- GFL e SincLog: plataformas de logística para Ecommerce;
- Hub Prepaid: instituição de pagamentos regulada pelo Banco Central;
- VipCommerce: empresa que faz toda a gestão do processo de pedidos de supermercados. Desde a compra até a entrega para o cliente.
A Magazine Luiza também obteve mais 32 mil lojistas em seu marketplace em 12 meses…
Ou seja, no fim das contas, a companhia conseguiu atingir resultados bem animadores e que só reforçam a forte participação que a varejista vem conquistando no mercado de varejo nos últimos meses.
A cada dia que passa fica evidente que a Magazine Luiza vai disputar pesado para se manter no 2º lugar no ranking das varejistas que atuam no Brasil…
O 1º lugar é disparado do Mercado Livre. Mas, até pouco tempo atrás, a 2ª colocação era do Grupo B2W, que perdeu a posição no 3º trimestre do ano passado e que, ao que tudo indica, não recuperou o 2º lugar entre as empresas líderes do setor.
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