Última atualização em 16 de setembro de 2020 por Maria Alice Medeiros
Quem acompanha o setor de Ecommerce ao longo dos últimos meses sabe que julho foi um mês diferenciado… O período foi tão positivo que chegou a ser considerado como o 3º melhor mês de toda a história do Ecommerce. Contudo, depois desse cenário animador, fica a pergunta no ar: será que agosto também foi bom para o Ecommerce?
Segundo relatório da Conversion, os resultados do mês passado foram bem positivos para algumas categorias, mas nem tanto para outras…
Nos tópicos a seguir, vou te apresentar detalhes sobre os resultados de agosto, além de também apresentar um panorama sobre o futuro do Ecommerce para os próximos meses, incluindo um cenário pós-pandemia. Acompanhe.
Ecommerce tem 1,27 bilhão de acessos em Agosto
O número de acessos no Ecomemrce nacional continua crescendo exponencialmente…
No total mensal, foram 1,27 bilhão de acessos que, se comparados ao mês anterior, apresenta uma leve queda de 1,8%, já que julho marcou 1,29 bilhão de acessos.
Entretando, apesar dessa pequena diminuição, os números de agosto continuam muito expressivos…
Principalmente quando analisado o contexto geral dos últimos 12 meses, em que o Ecommerce registrou um total de 15,8 bilhões de acessos em todo o Brasil…
Além disso, outro ponto positivo é que os acessos de agosto marcaram um crescimento de 7,4% em relação ao mesmo mês de 2019.
Na prática, isso signfica que varejistas como Mercado Livre, Americanas.com, Amazon Brasil, Magazine Luiza e Casas Bahia continuam liderando todo esse movimento de crescimento dos acessos…
Mas, entre as companhias que mais se beneficiaram nos últimos meses de pandemia, a Amazon é a que mais se destaca, com um crescimento de 67% no último ano.
Em todo esse cenário, algumas categorias foram mais buscadas pelos consumidores, enquanto outras tiveram uma baixa na procura. É o que explico a seguir…
Categorias que mais cresceram
Todo o setor de Ecommerce foi impulsionado pela pandemia de alguma forma. Contudo, algumas categorias conseguiram se destacar no último mês em específico…
Com base nos resultados relativos ao mês fevereiro, a pesquisa aponta que as categorias que tiveram maior destaque foram as seguintes:
- Casas e Móveis: 63%
- Comidas e Bebidas: 62%
- Pets: 60%
- Moda & Acessórios: 58%
- Joias e Relógios: 41%
O setor de Comidas e Bebidas, por exemplo, foi um dos que demonstrou forte crescimento desde o início da pandemia…
Sobre isso, inclusive, uma pesquisa do Social Miner apontou que 62,7% dos consumidores afirmam que vão fazer compras em supermercados tanto no online e no físico. Desses, 10,9% dizem que comprarão exclusivamente nos supermercados online.
A procura pelas compras de supermercados online tem sido tão grande, que fez com que grandes empresas do setor precisassem repensar suas estratégias de venda….
O Carrefour é um bom exemplo disso. Após um aumento de 377% nas vendas da entre abril e junho, a rede Carrefour decidiu investir antecipar a criação de uma nova plataforma para as vendas online.
Além disso, o segmento de cuidados com pets é outro exemplo de crescimento vertiginoso…
Para você ter uma ideia, o mercado pet brasileiro é considerado o 2º maior de todo o mundo. E, segundo Instituto Pet Brasil, a expectativa do é que, em 2020, o mercado pet fature um total de 40 bilhões de reais…
A Petz, empresa líder do setor, aproveitou esse contexto animador para abrir seu capital na Bolsa de Valores do Brasil… Para a surpresa do mercado, o IPO da Petz é o maior do ano até o momento, atingindo o valor de R$ 3,03 bilhões.
Sendo assim, todas as categorias em destaque listadas pela pesquisa fazem total sentido diante do cenário atual de pandemia, em que as pessoas estão passando muito mais tempo em casa…
Mas isso não significa que todos os segmentos cresceram…
Categorias em queda
Ainda de acordo com um comparativo entre julho e agosto, algumas categorias não apresentaram resultados tão positivos como as anteriores. Veja só:
- Farmácia e Saúde: -3,42%;
- Cosméticos: -7,15%;
Ou seja, apesar de a venda online de produtos farmacêuticos ter atingido quase 8% de participação em todas as vendas do segmento desde abril, o setor mostrou retração.
E isso tudo, claro, abre margem para analisar o que pode estar por vir para o Ecommerce nos próximos meses, inclusive para um cenário pós-pandemia…
O que esperar para o futuro do Ecommerce?
Um fato é inegável: o Ecommerce teve um crescimento acelerado nos últimos meses…
E, de acordo com a análise da Kearney, consultoria global de gestão estratégica, essa tendência tem tudo para se manter futuramente.
Dos entrevistados pela pesquisa, 52% afirma que devem continuar comprando online com a mesma frequência da pandemia. E 36% dizem que também continuarão comprando no Ecommerce, mas com uma frequência menor.
Portanto, o prognóstico é positivo…
E, no geral, os empresários podem se preparar para dar conta de um alto índice de vendas… E todos os outros efeitos positivos no chamado “novo normal’.
