Presente no mercado há mais de 60 anos, a popular Casas Bahia anunciou recentemente o reposicionamento de sua marca. Com uma nova logo e identidade visual, a empresa pretende diversificar seus negócios, dando um enfoque especial para o público de alta renda e criando lojas “estilo Apple”…
É verdade que os últimos anos não foram nada fáceis para as Casas Bahia…
Enquanto passava por intensas mudanças estruturais – inclusive de donos -, a empresa se viu perdendo grande espaço para a concorrência, mais precisamente para a queridinha do público atualmente: a Magazine Luiza.
Diante disso, hoje, os atuais gestores da empresa só têm pensado em uma coisa: recuperar o tempo perdido e devolver as Casas Bahia para a liderança do mercado…
Ao longo deste artigo, vou te explicar mais sobre o que aconteceu com a marca nos últimos anos, o porquê de sua reformulação e, claro, quais foram essas mudanças que ocorreram no posicionamento da empresa.
Quem acompanha o mercado de varejo – como empresário ou consumidor – sabe bem que as Casas Bahia enfrentou grandes dificuldades ao longos dos últimos anos.
Após ficar três anos à venda pelo grupo francês Casino, a tão popular varejista se viu perdendo grande espaço no mercado de varejo nacional…
E a principal empresa que “tomou” o lugar das Casas Bahia no ranking de vendas foi a famosa “Magalu”, que fez um investimento pesado em tecnologia e atendimento ao cliente para conquistar esse patamar.
Hoje, depois de todo esse período de turbulência, as Casas Bahia parece retomar a busca pelo antigo lugar que ocupava: a liderança do mercado…
Não sendo mais do grupo francês, as Casas Bahia agora pertence a Via Varejo, e tem como seu maior acionista Michel Klein, membro da família fundadora da empresa…
Ou seja: o que está acontecendo é uma volta às origens que parece ter tudo para render bons frutos para as Casas Bahia…
O intenso trabalho feito para reestruturação da marca, com novas ações de marketing e branding, reflete isso.
Se antes as Casas Bahia era conhecida por atingir uma parcela mais popular da população, hoje os planos são outros…
Agora, a empresa pretende retomar ao topo de vendas apostando também em um novo público: os clientes com alta renda.
O ano passado foi uma verdadeira maratona para trazer de volta a gigante do mercado varejista…
Após reformas na gestão e um processo intenso de digitalização da marca, as Casas Bahia tem um novo objetivo: abrir espaço para o público de alta renda.
O novo posicionamento das Casas Bahia pretende ter um viés mais “democrático”, como citou em recente entrevista, Ilca Sierra, diretora de marketing da Via Varejo.
O redesenho da imagem veio, então, para deixar claro que as Casas Bahia também pode ser uma opção para clientes que possuem uma renda mais alta…
Isto é: a ideia de que a empresa só abrange consumidores que compram produtos em longas prestações tem os dias contados para ficar no passado…
Um fato é inegável: após o retorno da família Kelin como acionistas majoritários, o crescimento das Casas Bahia está a cada dia mais perceptível.
O desempenho da rede melhorou, o que vem refletindo positivamente também nas ações da companhia…
Em 12 meses, os papéis mais negociados da Via Varejo subiram 166% e fecharam a sexta-feira negociados a R$ 19,54…
As vendas online, que não tinham bons resultados, saíram de 18%, há um ano, para atingirem 27% da receita total da empresa no primeiro trimestre.
O período de pandemia fez com que as vendas pelo site Casas Bahia aumentassem em algumas categorias em maio e junho, em comparação com o mesmo período de 2019.
O crescimento foi de:
Valores expressivos, mas ainda não foi o suficiente para elevar a marca para o topo novamente…
E por isso tantas mudanças vêm acontecendo na imagem da varejista…
Segundo a Casas Bahia, a ideia é ter um logo que funcione bem no ambiente digital, com um desenho “simples, flexível para todos os meios e formatos”.
Ou seja: a nova imagem continua apostando nas cores da identidade visual da marca, azul e vermelho. E o foco fica no destaque da letra “B”, de “Bahia”…
De fato, há uma movimentação para o crescimento da empresa…
No entanto, afirmar que seu ponto de virada está próximo pode ser um pensamento um pouco otimista demais para o momento, especialmente porque as Lojas Casas Bahia vão precisar enfrentar uma boa revisão…
Segundo o diretor da Via Varejo, há planos para um “banho de loja” nessas unidades físicas das Casas Bahia…
O plano da empresa é criar para o cliente da loja física uma experiência única, no que eles chamam de loja “estilo Apple”.
A ideia do “estilo Apple” ´´e que o cliente possa fazer toda a operação sem ir ao caixa. O vendedor vai fazer o atendimento e também cuidar do pagamento, como acontece nas lojas da Apple.
As Casas Bahia possui enormes desafios pela frente…
Apesar do bom desempenho com as vendas online neste período de pandemia, a empresa tem um grande desafio pela frente: atingir uma performance superior ou similar à Magazine Luiza.
A “Magalu”, hoje, tem seu papel valendo quase R$ 80 na B3, e possui metade do seu negócio baseado nas vendas feitas no Ecommerce.
Dois itens bem diferentes das Casas Bahia, como vimos ao longo do artigo…
Logo, há um desafio e tanto pela frente para a gigante da Via varejo…Mas o prognóstico, ao que tudo indica, para ser positivo.
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