Última atualização em 1 de dezembro de 2021 por
O Banco Central e a Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) anunciaram recentemente o lançamento do LIFT Challenge Real Digital, um laboratório de inovação para estudar a criação de uma moeda digital brasileira.
O projeto será colocado em prática no dia 10 de janeiro de 2022 a fim de viabilizar o uso de uma moeda digital emitida pelo BC. A iniciativa conta com outros participantes como fornecedores de soluções tecnológicas e agentes de academia, interessados em avaliar projetos por meio de tutoriais, consultorias e orientações. A entidade também ressalta que haverá preferência para propostas das seguintes categorias:
- Delivery Versus Payment (Entrega Contra Pagamento, em português) para a liquidação de transações com ativos digitais do ambiente digital e tokenizados;
- Payment Versus Payment (Pagamento Contra Pagamento, em português) especializado em câmbio e moedas;
- Internet of Thing – IoT (Internet das Coisas, em português) para a liquidação algorítmica ou diretamente entre máquinas;
- Decentralized Finance – DeFi (Finanças Descentralizadas, em português) a fim de definir protocolos com liquidação baseada na moeda digital emitida pelo BC (CBDC.
Segundo o Banco Central, o LIFT Challenge Real Digital será um ambiente corporativo virtual, que reunirá um público de instituições de pagamentos, bancos, fintechs e empresas de tecnologia:
“Esses desafios agrupam participantes do mercado interessados em desenvolver um produto minimamente viável (MVP do inglês minimum viable product) para o desenvolvimento de soluções inovadoras que beneficiem a população e o funcionamento do Sistema Financeiro“, afirma o comunicado.
Por último, vale ressaltar que os projetos relacionados à moeda digital brasileira serão selecionados pelo BC e pela Fenasbac e divulgados no dia 4 de março de 2022. A previsão é de que as propostas escolhidas sejam iniciadas no dia 28 de março, com duração de 4 meses de aceleração.
De forma geral, a entidade deseja que a moeda digital, também conhecida como Real Digital, tenha um desempenho similar ao Pix, que completou 1 ano em operação no país no mês passado.
Nos últimos anos, o BC está focado em proporcionar meios de pagamentos mais rápidos e baratos para levar praticidade à vida das pessoas. Além disso, os empreendedores podem tirar proveito da redução de custos para suas empresas…
Criação de Moeda Digital Brasileira Pode Acelerar Desenvolvimento de Novos Serviços Financeiros
O desenvolvimento de uma moeda digital possibilitará a reutilização de protocolos e transparência. De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, a criação do Real Digital pode ser vista como um benefício para o Sistema Financeiro Nacional:
“A iniciativa do Real Digital é uma resposta ao rápido progresso de transformação digital e à demanda da sociedade por meios nativos de liquidação em um novo ambiente”, explica o executivo.
Assim, é esperado que outras soluções alinhadas às necessidades dos indivíduos sejam lançadas mais rapidamente no futuro de forma mais acessível…
Isto é, um cenário que já acontece em relação às iniciativas desenvolvidas pelo Banco Central. Recentemente, a autoridade monetária limitou novamente as opções de horário noturno do Pix, devido às fraudes que têm acontecido nesse sentido.
No contexto das moedas digitais, a iniciativa da entidade financeira faz ainda mais sentido, pois já existem companhias que atuam no Brasil que já estão investindo nessa estratégia, como Mercado Livre e do Mercado Pago, que lançaram recentemente serviços de compra, venda e armazenamento de criptomoedas.