O Covid-19 (ou Coronavírus) trouxe com ele impactos reais na economia global… Com o temor em torno do que pode acontecer no mercado, os hábitos de consumo mudaram rapidamente ao redor do mundo. E o reflexo disso já aparece nas vendas online.
Enquanto alguns setores relacionados à saúde, limpeza e alimentação comemoram alta nas vendas, a maior parte dos setores apresenta queda.
No relatório divulgado pela Google, fica claro que este será um momento desafiador, especialmente para pequenas e médias empresas… ou empresas que não possuem fluxo de caixa.
Ou seja: não é hora de pensar em crescimento exponencial e nem estratégias caríssimas. A hora é de olhar o que vem acontecendo com outros países e, com base nas tendências, montar um plano estratégico para se manter.
Porque que não se preparar corre sérios riscos caso a situação se agrave.
Abaixo, trouxemos os principais tópicos abordados no estudo de Varejo da Google, dividido por setores.
A produção de componentes de smartphones e outros dispositivos tecnológicos devem sofrer uma redução de até 50%, impactando o fornecimento global.
Inclusive, empresas como a LG, Motorola e Samsung suspenderam suas produções no Brasil por falta de componentes vindos da China.
Outra empresa que mostra o reflexo da falta de fornecimento nos resultados é a Apple. Ela já anunciou um novo balanço na previsão de faturamento anual e adiou que o lançamento do iPhone 9, sem nova previsão. A medida foi tomada por conta do medo da falta de estoque do smartphone.
Na categoria de smartphones, nas últimas semanas, houve uma queda de mais de 10% nas vendas. Os países mais afetados foram na Europa, onde o Covid-19 tem mais força, como França, Itália e Espanha.
Na América Latina, a situação pode levar a uma queda de 5 a 10% nas vendas.
Como teve uma alta nas vendas no primeiro trimestre do ano devido às liquidações, o Brasil ainda não apresenta dados drásticos. Numa comparação com o período, porém, já vemos queda de 6%
Na categoria de televisores, houve uma queda de 30% nas vendas na França e Espanha. No Brasil, a queda foi de 2% até agora.
Na categoria de Informática, os itens apresentaram alta de 44%. Na Itália, por exemplo, produtos como notebooks e webcams foram muito buscados.
No Brasil, a busca por esses produtos aumentou cerca de 7%.
Moda é um dos setores mais afetados nas vendas online.
Um dos grandes desafios desse setor é o fornecimento e gerenciamento de estoques. Além disso, a China detém cerca de 56% da produção mundial de vestuário, de modo que as empresas que importam produtos de lá ficam sem fornecimento.
Além disso, por ser considerado um item “supérfluo”, as buscas por moda na Europa caíram drasticamente, chegando a menos 46% na Itália. No Brasil, até o momento, a queda foi de 3%.
O Covid-19 afeta também as marcas com loja física e eventos públicos. No final de fevereiro, grandes marcas optaram por não participar do desfile de moda em Milão. No Brasil, a São Paulo Fashion Week, que aconteceria no final de abril, foi cancelada.
Algumas marcas de luxo estão criando ações para ajudar a combater a pandemia. O grupo francês LVMH, líder no segmento e dono das marcas Louis Vuitton, Dior e Guerlain, anunciou que irá produzir álcool em gel em suas fábricas de perfume. O produto será doado às autoridades francesas.
Enquanto restaurantes estão em queda, o hábito de consumo se voltou para os aplicativos.
Como estão em casa, as pessoas estão fazendo mais pedidos de comida e compras de supermercado por aplicativos.
Houve também um aumento nas buscas sobre preparos de comida em casa, principalmente de carne e vegetais.
É um dos segmentos que mais tem sido procurado nas últimas semanas.
Como a recomendação é que as pessoas fiquem em casa, o setor está aumentando.
A Netflix, por exemplo, está ganhando cada vez mais força e apostando em inovações para seus assinantes durante a quarentena.
Recentemente, a empresa lançou uma extensão chamada Netflix Party, que permite que os usuários interajam com amigos enquanto assistem a filmes e séries.
Outro exemplo é o Globoplay, que disponibilizou 30 filmes infantis de graça em sua plataforma para abranger o público infantil que está dispensado da escola.
Os games também são um dos passatempos da quarentena. De acordo com o Steam Database, a plataforma bateu o recorde de jogadores simultâneos online em um dia. Foram cerca de 20 milhões de usuários conectados ao mesmo tempo.
Junto com entretenimento e alimentação, houve alta demanda neste setor no mundo inteiro.
Álcool em gel e máscaras são os itens mais buscados e vendidos online. Porém, algumas medidas estão sendo tomadas para os preços abusivos de alguns vendedores.
Por exemplo, o Mercado Livre alertou que os preços desses produtos estão sendo acompanhados de perto. Caso haja anúncios de preços desproporcionais, os vendedores serão removidos da plataforma.
Nos Estados Unidos, aconteceu um caso assim: dois irmãos estocaram cerca de 17 mil frascos de álcool em gel e estavam comercializando online por um valor 9 vezes mais caro. Eles foram punidos pela prática e todo o estoque foi doado.
Esse é o segmento com maior queda de buscas e vendas online.
A categoria vinha crescendo no começo do ano e sofreu uma grande queda na maioria dos países, por também abranger itens considerados supérfluos no momento.
Ambos não são artigos de primeira necessidade e tendem a ser muito afetados.
Nos países da Europa, o setor de decoração começou a ter queda, chegando a 28% na Itália. No Brasil, houve diminuição de 6%.
Já a categoria de móveis sofreu quedas bem acentuadas nas buscas e vendas online. O setor ainda possui um desafio no hábito do consumidor, que tende a buscar e comprar esse tipo de produto no mercado físico.
De longe, turismo é o setor mais impactado pela pandemia.
Como as pessoas estão impedidas de circular por diversas regiões e muitos vôos foram cancelados, os produtos dessa categoria estão sofrendo quedas bruscas nas vendas.
Esse é um segmento que, no momento, vai se segurar com o fluxo de caixa da empresa. Depois, é provável que volte a crescer rapidamente, mas pequenas e médias agências de viagem que não possuem fluxo de caixa podem passar por dificuldades.
A resposta, nessas horas, é olhar para o consumidor e entender o que pode oferecer de relevante para ele nesse momento.
Muitos setores que estavam sofrendo um aumento nas vendas online no começo do ano começaram a cair com a pandemia do coronavírus. Já os nichos de necessidades básicas e entretenimento aumentaram bastante nas procuras.
Com um cenário cada dia mais imprevisível da economia e medidas de extremo cuidado com a saúde, o ideal é que todos evitem ao máximo o contato com outras pessoas fora de casa.
Uma das medidas usadas por diversas empresas é o home office. Mas, apesar da facilidade da tecnologia em proporcionar essa alternativa de trabalho, é ainda uma prática muito nova.
Para saber mais sobre como aderir ao home office e continuar trabalhando com a sua equipe durante a quarentena, confira nosso artigo sobre como Gerenciar o Home Office dos seus Funcionários:
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