Última atualização em 25 de outubro de 2021 por Ana Júlia Parreira
Recentemente, o número de varejistas com atuação nos EUA que têm investido em parcerias com fintechs para o financiamento de compras aumentou consideravelmente.
Com objetivo de gerar maior fidelidade por parte dos clientes, as empresas não estão abrindo mão de oferecer uma gama ainda mais ampla de benefícios aos consumidores. Os serviços financeiros são bons exemplos disso…
Na prática, as companhias têm investido em estratégias pontuais para proporcionar mais benefícios e boas experiências financeiras aos consumidores. Entre essas estratégias, há o ‘compre agora, pague depois’, também conhecido pela sigla BNPL, do inglês, buy now pay later. Entenda o assunto em mais detalhes a seguir…
Varejistas Desejam Conquistar Lealdade de Clientes
Não há como negar que atualmente existe uma grande preocupação por parte das varejistas quanto à necessidade de construir e fortalecer um bom relacionamento com os clientes.
Prova disso é que, por meio de parcerias com fintechs (ou seja, voltadas para tecnologia financeira), companhias como Walmart e Ikea estão investindo pesado em ações para proporcionar um bom processo de compra…
Em janeiro deste ano, o Walmart anunciou parceria com a Ribbit Capital, empresa da área de investimentos. A iniciativa une o conhecimento de varejo e de escala do Walmart com a experiência em fintech da Ribbit, possibilitando ações financeiras voltadas para clientes e funcionários da rede americana…
Já em junho deste ano, o Grupo Ingka, franqueado da Ikea e que atua nos Estados Unidos, foi aprovado como sócio-proprietário do Banco Ikano. Assim, o acordo possibilita que o banco ofereça serviços financeiros aos compradores da Ikea em diversos mercados.
Em meio a isso, uma modalidade em específico tem ganhado destaque nesse sentido…
‘Compre Agora, Pague Depois’ Apresenta Crescimento Acelerado
Basicamente, o ‘compre agora, pague depois’ (buy now, pay later, em inglês) é uma estratégia que permite aos consumidores dividirem o pagamento de suas compras em parcelas sem juros e para financiamento a curto prazo.
A forma de pagamento é compatível com dispositivos móveis, não exigindo o uso de papel ou aplicativos. E oferece decisões de crédito em tempo real e modelos de pagamento simples. Fora que até os consumidores sem histórico de crédito podem acessar tais recursos…
No Brasil, o Carnê Digital é o que mais se aproxima do ‘compre agora, pague depois’. E varejistas como a Casas Bahia e Magazine Luiza já oferecem essa opção, no qual é possível realizar e parcelar compras sem cartões de crédito…
Entretanto, a modalidade tem apresentado um crescimento acelerado em países europeus e norte-americanos nos últimos anos justamente porque, diferente do Brasil, as compras parceladas nunca fizeram parte do cotidiano dos consumidores nesses países.
Diante disso, o cenário acaba sendo o de mudança e a expectativa é de crescimento contínuo. Para você ter uma ideia, segundo pesquisa da Mercator Advisory Group, empresa de serviços de consultoria, é esperado que o mercado BNPL cresça mais de 22% ao ano entre 2021 e 2028 nos Estados Unidos.
Inclusive, já há um movimento relevante nesse sentido para algumas outras empresas que atuam nesses países…
Mastercard Adere Programa ‘Compre Agora, Pague Depois’
Em setembro deste ano, foi a vez da Mastercard anunciar adesão ao programa ‘compre agora, pague depois’. Com isso, clientes da empresa nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália podem fracionar o pagamento de compras em parcelas.
O programa, que recebe o nome de Mastercard Installments, permitirá aos consumidores pagar por compras online ou na loja física em parcelas iguais e sem juros. Segundo a empresa, o objetivo por trás da iniciativa é atrair um novo nicho de consumidores.
Vale destacar, ainda, que o processo pode ser feito por meio do app do banco ou através da aprovação instantânea no checkout, de acordo com a instituição. Ou seja, um avanço para essas nações que ainda não trabalham de forma mais ampla com pagamentos feitos a prazo…
Algo que no Brasil já acontece há alguns bons anos. Por aqui, o movimento nos últimos meses tem sido não diferente, mas com suas particularidades. Como a adesão ao PIX, por exemplo.