Última atualização em 27 de julho de 2020 por Webmaster
No que diz respeito ao varejo, um fato é inegável: o alto crescimento das vendas nos sites de Ecommerce. Os resultados têm sido tão animadores, que todo o mercado está ansioso para a divulgação dos balanços referentes ao segundo semestre deste ano…
De fato, as compras e vendas online tiveram um aumento exponencial ao longo dos últimos meses…
Para você ter uma idéia, houve um registro de 5,7 milhões de consumidores em sites de Ecommerce, entre abril e junho.
E, obviamente, algumas empresas do comércio eletrônico se destacaram nesse período de pandemia, como vou te mostrar adiante…
Mas, no geral, a expectativa está bem alta para descobrirmos como ficará o ranking das empresas que mais cresceram nos últimos meses.
Ao longo deste artigo, vou te explicar o impacto da crise no varejo online, e também vou te mostrar os resultados divulgados até o momento das empresas que se mais têm se destacado na pandemia.
Panorama atual do Mercado
O mercado financeiro vem aguardando a divulgação dos balanços oficiais do segundo trimestre das principais empresas de Ecommerce de capital aberto na Bolsa.
Aliás, é seguro dizer que os resultados deste período são um dos mais aguardados nos últimos anos…
Isso se justifica, principalmente, devido ao crescimento exponencial dos sites de ecommerce, movimento oposto a grande parte do varejo…
As vendas feitas pela internet tiveram um aumento de 71% nos primeiros 90 dias de pandemia, chegando a R$ 27,3 bilhões, segundo levantamento do Compre & Confie.
Foi o maior número de compras realizadas no período avaliado — de 24 de fevereiro a 24 de maio -, representando, ao todo, 68,9 milhões de pedidos. Isto é, um aumento de 82,1% na comparação a 2019.
O crescimento do comércio eletrônico foi tão avassalador que fez com que varejistas migrassem para o ambiente digital o quanto antes…
Para você ter uma ideia, antes da pandemia, a média mensal de empresas aderindo a opção de site de ecommerce era de 10 negócios por mês…
Mas, desde o início da pandemia, mais de 135 mil lojas aderiram às vendas online para continuar vendendo e mantendo-se no mercado de forma competitiva.
Diante de todo esse contexto, é seguro afirmar um fato: com resultados tão positivos, todo o mercado está atento aos resultados das grandes lojas virtuais do setor…
Sites de Ecommerce em Destaque
Enquanto os balanços individuais não são divulgados, é possível ter uma ideia da lista de sites de ecommerce no Brasil que mais se destacaram no mercado online neste ano.
Então, vamos a alguns sites de ecommerce e seus respectivos desempenhos até o momento:
B2W
A empresa que possui as marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato foi uma das primeiras a se destacar durante os meses de pandemia.
É verdade que a varejista teve um prejuízo de R$ 108 milhões no primeiro trimestre, mas, mesmo assim, foi a campeã em termos de valorização no ano.
Para você ter uma ideia, hoje, a B2W (BTOW3) representa a maior alta do índice no ano, com ganhos acumulados de 89,68%.
Recentemente, o conselho administrativo da empresa aprovou o aumento de capital de 4 bilhões de reais para subscrição privada, a 115 reais por papel.
Esse aumento de capital tem o intuito de acelerar o crescimento, incluindo eventuais aquisições estratégicas, e otimizar a estrutura de capital da companhia…
Seu relatório oficial está com data marcada para ser divulgado: 6 de agosto.
Via Varejo
Outra gigante do mercado é a Via Varejo (VVAR3), que também segue o caminho de pleno crescimento no mercado…
A empresa, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, apresentou um salto de 84,60% em suas ações neste ano.
Em junho, a companhia fez uma emissão e colocou R$ 4 bilhões no caixa. Seus papéis, entretanto, subiram antes, durante e depois da emissão…
E a data para a liberação do balanço oficial da empresa é 12 e agosto. Vamos acompanhar…
Magazine Luiza
Logo atrás desses resultados positivos aparece a popular “Magalu”.
Hoje, a Magazine Luiza (MGLU3) apresenta uma alta de 76,73% em suas ações…
Desde o início da pandemia, a companhia apostou pesado em campanhas de frete gratuito e atraiu empreendedores sem alternativa de renda a montarem lojas em seu marketplace…
Depois desse investimento, o canal digital da Magazine Luiza passou a responder por 50% das vendas da companhia…
Então, anote bem: o balanço trimestral oficial da empresa está previsto para sair 14 de agosto.
Mas e o Mercado Livre?
Apesar de não ter ações diretas no Brasil (o capital da empresa é aberto em Nova York, na Nasdaq), existe muita especulação sobre os balanços do segundo trimestre que o Mercado Livre vai apresentar…
Recentemente, a empresa argentina foi avaliada em US$ 50 bilhões.
Esse marco importante para o Mercado Livre foi devido às ações da empresa acumularem uma alta de 75% em 2019, mudando de 571,94 dólares para pouco mais de 1.000 dólares por papel…
Não é à toa que, atualmente, a expectativa é que o Mercado Livre divulgue o melhor balanço da história…
Expectativa Geral do Ecommerce pós-pandemia
A especulação toda sobre a divulgação do balanço desses sites de Ecommerce vem, principalmente, devido ao comportamento do mercado digital durante a pandemia.
Hoje, a expectativa de mercado é que o Ecommerce represente 18,5% do varejo.
E isso muito devido ao forte consumo online nos últimos meses e os mais de 5,7 milhões de novos consumidores no Ecommerce (dados do segundo levantamento feito pelo Neotrust e Compre & Confie).
Em entrevista, o Bruno de Oliveira, um dos maiores especialistas em Ecommerce do Brasil e CEO do Ecommerce na Prática, trouxe uma perspectiva positiva sobre o futuro do setor:
“As mudanças de hábito de consumo intensificadas pela pandemia são irreversíveis. Acredito em um movimento forte de transição por parte dos consumidores… Por isso, acredito também na possibilidade de atingirmos 20% em 2025, o que seria 4x mais em relação ao período pré-Covid-19.”
E sobre a possibilidade de as pessoas continuarem ou não comprando online após o período de pandemia, Bruno afirma:
“As mudanças nos hábitos de consumo vieram pra ficar e isso vai continuar impulsionando o mercado.”
Diante de todo esse contexto, é possível concluir que o setor de Ecommerce será fortemente beneficiado a longo prazo…
O cenário é bem animador tanto para as gigantes do comércio eletrônico, quanto para as pequenas e médias empresas.
Com todo o segmento crescendo dessa forma avassaladora, fica mais fácil deduzir que o futuro das compras e vendas feitas no ambiente digital tem tudo para ser promissor…
E a divulgação dos balanços oficiais das companhias do comércio eletrônico poderão reforçar ainda mais isso.
Então, por ora, nos resta aguardar pela divulgação dos números conquistados por cada uma dessas grandes empresas…