Amazon é Acusada de Aumentar Preços de Itens Essenciais

Última atualização em 8 de março de 2021 por Webmaster

Infelizmente, a prática de elevar os preços de produtos que estão com uma alta procura é mais comum do que se imagina. Tanto pequenas e médias empresas quanto gigantes do varejo já adotaram esse tipo de postura, como é o caso agora da Amazon, que está sendo acusada de implementar valores abusivos para os itens essenciais. 

Muitas companhias fazem uso dessa prática para aumentar o faturamento dos negócios. Entretanto, isso está longe de ser algo legal ou positivo para o mercado… 

Com produtos ultrapassando o valor encontrado no mercado, a Amazon enfrenta uma acusação grave de aplicar preços exagerados em um momento em que o consumidor mais precisa de produtos.

E, ao que tudo indica, a prática também tem acontecido entre algumas empresas do mercado brasileiro…

Entenda, nos tópicos abaixo, mais detalhes sobre todo o assunto.

Amazon

Aumento dos preços em até 1000%

De acordo com relatório elaborado por um grupo de defesa do consumidor e divulgado pela Public Citizen, a Amazon inflou de maneira abusiva os preços de produtos essenciais meses após o início da pandemia. 

O relatório foi elaborado com base nas observações do grupo e dados de sites de rastreamento de preços…

E o aumento constatado pelas informações adquiridas foi considerado abusivo quando comparado aos valores pré-pandemia e aos preços cobrados por outras empresas…

Um exemplo citado no levantamento foi um sabonete líquido da marca Dial, com cerca de 220 ml:

A Target anunciou o produto por US$ 1,49, já a CVS Health, cobrou US$ 2,29. Nenhuma das duas companhias disponibilizavam o produto para entrega em domicílio, mas, mesmo assim, o valor da Amazon chamou a atenção…

A companhia e um comerciante terceirizado venderam o mesmo sabonete líquido por US$ 6,41, valor bem maior do que o cobrado pelas varejistas concorrentes.

E, acredite, o sabonete não foi o único item a apresentar um valor muito maior que o do mercado…

A lista abaixo mostra uma parte dos produtos dos quais a Amazon teria aumentado os preços. Veja:

Entre os itens citados na lista acima, as máscaras descartáveis foram as que mais chamaram a atenção, apresentando um aumento de 1000% em sua comercialização. O gráfico abaixo mostra isso em detalhes ao longo dos últimos meses:

Outro produto em destaque foi o spray desinfetante, com um aumento de 87% no preço cobrado aos consumidores:

O fato é que estes foram apenas alguns dos produtos os quais a Amazon teria cobrado um valor absurdamente maior do que as outras varejistas do mercado. 

Além disso, o que chama mais ainda a atenção nisso tudo não são só os preços absurdos, mas a justificativa da Amazon USA em resposta ao relatório…

A Defesa da Amazon EUA

A varejista norte-americana negou que elevou os preços dos produtos essenciais, em nota, afirmou:

“Não há lugar para aumento de preços na Amazon, e isso inclui produtos oferecidos diretamente pela Amazon (…) Nossos sistemas são projetados para oferecer aos clientes o melhor preço online disponível e, se vemos um erro, trabalhamos rapidamente para corrigi-lo.”

A justificativa, entretanto, não convenceu os autores do levantamento… 

Principalmente porque o relatório deixa claro que não foram só os vendedores terceirizados que estavam envolvidos na manipulação de preços. A própria Amazon estava vendendo produtos essenciais com preços considerados como abusivos. 

Além disso, é importante destacar que os vendedores terceirizados da Amazon representam, hoje, 25% da receita de vendas online da varejista…

E, de acordo com o relatório, a Amazon depende desses vendedores terceirizados e se beneficia diretamente quando a receita deles aumenta de alguma forma.

Sendo assim, não teve jeito, a empresa norte-americana não convenceu os responsáveis pelo elaboração do estudo…

Por aqui, até o momento, não houve nenhuma citação do tipo em relação à Amazon Brasil. Mas isso não significa que o setor em geral não esteja apresentando o mesmo comportamento da varejista norte-americana…

Procon Reforça Fiscalização na Pandemia

Para você ter uma ideia, o Procon do Rio recebeu 1.237 denúncias dos consumidores sobre preços abusivos cobrados por estabelecimentos comerciais entre 1 de março a 12 de maio de 2020.

O Procon de São Paulo também se manifestou, informando que o valor total aplicado em multas por causa de preços abusivos na pandemia já passa de R$ 3 milhões… 

Diante disso, fica nítido que apesar de o Código de Defesa do Consumidor ser um grande marco no que diz respeito às relações entre consumidor e empresas, ainda há algumas lacunas que precisam ser revistas…

Não é à toa que hoje, para tentar resolver isso, existem mais de 40 propostas no Senado que visam a atualização do Código de Defesa do Consumidor

Lembrando que as consequências sofridas pelos estabelecimentos que cobram valores abusivos são apenas administrativas, como aplicação de multa e cassação do alvará que autoriza o funcionamento do empreendimento. 

Ou seja, não são medidas criminais… 

Contudo, alguns desses projetos querem mudar isso, afirmando que devem ser feitas punições mais severas a essas empresas, como pena de 2 a 5 anos de reclusão, por exemplo.

RECEBA CONTEÚDO EXCLUSIVO NO SEU EMAIL (GRÁTIS)

Inscreva-se gratuitamente e receba as Principais Notícias do Mercado no seu e-mail toda semana!

Mais Lidas

Confira outros conteúdos:

Artboard 2 copy 2

O Ecommerce de Sucesso é um portal de informações sobre o Mercado de Ecommerce. Aqui são abordadas notícias e informações sobre os assuntos Economia, Marketing, Comércio Eletrônico, Varejo, Negócios, Mercados, Política e Tecnologia. Conteúdo independente interpretado com a visão dos nossos especialistas.

ECOMMERCE DE SUCESSO © 2020.