Última atualização em 18 de setembro de 2020 por Maria Alice Medeiros
O mercado de moda é um dos mais lucrativos em todo o mundo. E com a pandemia e seus efeitos, todos os setores foram atingidos, inclusive o de moda. Todos os setores precisaram correr para digitalizar suas marcas o mais rápido possível. E a Amazon, claro, aproveitou essa oportunidade para ampliar ainda mais seu número de consumidores.
Hoje, a necessidade de estar presente nos canais online é uma realidade latente. A verdade é que as marcas que não vendem online estão perdendo uma fatia bilionária do setor…
Mas as empresas de moda de luxo estão atentas a isso. Tanto que, em meio ao isolamento social, as grifes estão chegando crescer 12x em vendas no âmbito digital…
Ao longo deste artigo, vou explicar em detalhes a nova estratégia da Amazon em apostar na venda de roupas de luxo. Dá só uma olhada.
Luxury Stores
A Amazon EUA anunciou nesta semana o lançamento de suas próprias lojas online de luxo, a Luxury Stores. Nelas, designers famosos terão a oportunidade de apresentar peças para os consumidores por meio da plataforma…
Inicialmente, o serviço estará disponível apenas para os assinantes do serviço Prime do grupo nos Estados Unidos, e que só poderão acessar o serviço por convite.
Mas nada impede que o serviço também aconteça em outros países futuramente… Ou seja, algo importante para ficar no radar dos empresários brasileiros do nicho de moda…
O primeiro grande nome a participar da iniciativa é a Oscar de la Renta, mas outras marcas serão apresentadas pela Amazon no decorrer nas próximas semanas.
Além disso, todas as coleções serão vendidas diretamente pelas grifes participantes, que atuarão de forma independente, com liberdade para administrar os próprios estoques, coleção e preços das peças.
Diante disso, a proposta da Amazon é reunir marcas famosas do segmento de luxo dentro da plataforma…
Mas mais do que isso:
A Amazon USA quer proporcionar toda uma nova experiência de compras para os clientes de moda…
Tecnologia 360º
Para este público de luxo, a companhia não só fechou com marcas de alta costura, mas também apostou em novas tecnologias, como a visibilidade 360º das peças. Isto é: clientes poderão ver peças de forma online em todos os pontos de vista.
A ideia é aliar conveniência e inovação, transformando o processo de compra em algo ainda mais interativo.
Sobre isso, Christine Beauchamp, presidente da Amazon Fashion, disse:
“Estamos sempre ouvindo e aprendendo com nossos consumidores. Fomos inspirados pelo feedback dos membros Amazon Prime, que querem comprar suas marcas de luxo favoritas na Amazon”.
A nova iniciativa da companhia não é à toa… O objetivo da companhia norte-americana é expandir seus negócios em todo o mercado…
Amazon quer ganhar ainda mais espaço no mercado
Sem dúvida, a Amazon é uma das maiores empresas do mundo…
Só no 2º trimestre deste ano, a Amazon teve um lucro 7 vezes maior do que o estimado por especialistas. Foi um aumento de 40% em sua receita, atingindo a quantia de US$ 88,9 bilhões… E detalhe: os analistas projetavam um valor em torno de UR$ 81,24 bilhões.
Além disso, as médias compiladas pela Bloomberg apontavam um lucro por ação de UR$ 1,51… Entretanto, o valor atingido nesse período foi bem maior: UR$ 10,30. ou seja, as ações da empresa subiram mais de 60%.
E o objetivo da companhia é aumentar ainda mais esses resultados… Como? Aproveitando a fatia bilionária do segmento de moda.
Para você ter uma ideia, só no Brasil, o setor movimentou R$ 26 bilhões no último ano, segundo um estudo sobre luxo realizado pela Consultoria Euromonitor International. O levantamento prevê que, até 2023, o valor aumentará para R$ 29 bilhões.
Lá fora, o potencial é muito maior…
A Hermés, uma da maiores marcas de moda do mundo, por exemplo, reaberta em 11 de abril em Guangzhou, na China, faturou apenas neste dia US$ 2,7 milhões.
Ou seja, é realmente um mercado altamente lucrativo…
E por isso a Amazon não poderia perder tempo em investir na indústria da moda. Na verdade, isso também provém da necessidade de os estilistas movimentarem seus estoques…
Só que para fazerem isso, claro, precisavam de um parceiro de peso como a Amazon, que possui logística eficiente e uma enorme base de consumidores.
