Última atualização em 28 de maio de 2020 por Webmaster
A pandemia do Covid-19 tem impactado todo o mercado. Mas quem acaba saindo mais prejudicado são as pequenas empresas – tanto físicas quanto digitais. E, nesse cenário imprevisível, essas empresas estão tendo que se adaptar e se replanejar.
O momento é de entender as possíveis ameaças e se preparar para tomar ações mais certeiras a fim de evitar problemas.
Pensando nisso, separamos aqui as principais formas que o novo coronavírus impacta os pequenos negócios.
Formas de impacto do Covid-19 nos Pequenos Negócios
1 – Fluxo de cliente
Como o momento é incerto, as pessoas estão focadas em comprar o que é essencial e evitar gastos com certos tipos de produtos. Os hábitos de consumo começaram a mudar e isso impactou diversas empresas, independentemente do porte.
Enquanto alguns segmentos crescem, outros estão tendo queda. Por exemplo, o setor de moda caiu 80%, enquanto pedidos de comida por aplicativo tiveram aumento em cerca de 30%.
Tentar entender quais são essas mudanças é fundamental para começar a se planejar e criar estratégias para esse momento. Provavelmente a sua persona de antes não é a de agora e esses ajustes devem ser pensados para que o seu negócio sobreviva.
Veja para onde está indo o dinheiro dos seus clientes, quais são as prioridades deles agora e como a sua empresa pode ajudar. Procure olhar o que mudou e não mudou na sua persona – inclusive, pode até fazer um novo Mapa da Empatia. Pense em quais pessoas se encaixam, atualmente, no perfil da sua empresa na crise.
2 – Redução do caixa
Com menos clientes comprando certos tipos de produto, isso impacta no faturamento da empresa e no capital de giro.
Com um caixa mais limitado, algumas empresas podem não conseguir sobreviver. E, pior, podem acabar acumulando dívidas neste momento, prejudicando ainda mais o negócio.
Para isso, é preciso criar estratégias que ajudem a empresa a manter o fluxo de caixa.
Por exemplo, trabalhar com o básico, reduzindo os custos desnecessários, com foco no essencial, sem querer atirar para todos os lados. O pensamento do momento é de adaptação.
Caso a sua empresa esteja em uma situação muito ruim, sem conseguir nem respirar direito, é possível recorrer a empréstimos. Os bancos estão concedendo créditos com menos burocracia e com os juros reduzidos para as pequenas empresas.
3 – Acúmulo de estoque parado
Com a diminuição das vendas, quem tem muitos produtos em estoque pode acabar tendo problemas com acúmulo. Mas momento é conseguir sobreviver e, para isso, o caixa deve ser o foco do negócio.
E estoque é dinheiro.
Se você está com um acúmulo de produtos na estante, crie estratégias para vender esses produtos parados. Você pode entrar em contato com seus clientes e oferecer ofertas, promoções ou cupons de desconto.
Se você vende mais de um tipo de produto, pode pensar em criar kits atrativos por preços reduzidos, por exemplo.
Caso a situação seja extrema, pode pensar em vender a preço de custo. O importante é que esse dinheiro parado vire dinheiro “in cash” para ajudar a diminuir os impactos no seu negócio.
4 – Dificuldade de arcar com despesas
Negócios que não tinham reserva de emergência ou caixa positivo podem ter muita dificuldade no momento para conseguir pagar as contas. O ideal é que faça cortes de todas as despesas que não são importantes para o momento.
Além disso, tente negociar com fornecedores e até mesmo com os clientes.
Por exemplo, se sua empresa é prestadora de serviço e exige presença física, você pode criar pacotes especiais para os clientes, em que eles pagam agora e a entrega do serviço é feita depois que acabar o isolamento social.
Esse medida pode ajudar você a arcar com as despesas mais urgentes no momento para conseguir se sustentar.
5 – Pouco braço para muita demanda emergencial
Algumas empresas só têm uma pessoa para fazer tudo ou um número reduzido de funcionários para dar conta de várias ações que precisam ser colocadas em prática rapidamente.
Esse tipo de situação pode prejudicar o negócio ou sobrecarregar as pessoas envolvidas, aumentando as chances de erros.
Como o momento é delicado, qualquer erro pode acabar destruindo o negócio. É bom que as ações sejam feitas com cuidado.
6 – Logística
Diversas empresas de logística, principalmente transportadores regionais, pararam ou reduziram suas atividades visando a saúde dos funcionários. Paralelamente, o aumento de pedidos pela internet aumentou.
Ou seja, há muito mais demanda de produtos via Ecommerce para uma distribuição mais lenta.
Isso impactou os prazos, preços e entregas de produtos. O que antes um fornecedor demorava 15 dias para entregar, agora demora 40 dias, por exemplo.
O sensato é deixar claro para os clientes sobre as mudanças no tempo de entrega, evitando uma experiência negativa.
7 – Negócios físicos são os mais impactados
Se você tem uma loja física, provavelmente já sabe que eles são os mais impactados por esta crise. Com as pessoas em isolamento e as lojas fechadas, depender apenas desse ponto pode ser um problema para a empresa.
Se o negócio não tiver fluxo de caixa ou reserva para se manter no modo sobrevivência durante um período, as contas fixas acabam impactando o bolso e gerando prejuízo.
Em casos como esse, o ideal é que se faça negociações com o proprietário e com as empresas de energia. No caso do proprietário, uma dica é negociar para pagar só o condomínio, não o aluguel.
Além disso, vale a pena entender se o Ecommerce é uma boa saída para você. Como as pessoas estão mais tempo na internet e ainda existe necessidade de consumo, o comércio digital vem sendo aderido não só por pequenas empresas, mas negócios de grande porte que só tinham operação física.
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Tornar o negócio físico em um negócio digital virou uma questão de sobrevivência. Quem vinha dando desculpas para não se digitalizar ou que estava migrando de forma lenta, agora terá que correr atrás o mais rápido que puder para conseguir se manter de pé.
As empresas que estarão mais preparadas para sair dessa crise são as que estão no online. Quem não estiver fazendo isso neste momento, provavelmente vai quebrar.
Além disso, o fim do isolamento social não é garantia de que as pessoas voltem rapidamente a encher as lojas. Não será instantâneo. O movimento de venda nas lojas físicas vai voltar, mas de forma muito gradual.
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