Como a crise na saúde mudou a rotina de grandes empresas ao redor do mundo

Última atualização em 31 de março de 2020 por Webmaster

Estamos observando muitas mudanças no mundo por causa da pandemia do Covid-19. E, para evitar aglomerações e diminuir o contágio do vírus, grandes empresas ao redor do globo precisaram se adaptar ao momento.

Diversos eventos importantes foram cancelados, como as convenções anuais da Google e do Facebook – o Google I/O e o F8 -, que estavam previstos para acontecer em maio.

Além disso, para continuarem funcionando, a medida mais adotada pelas empresas foi o home office. No entanto, alguns setores não conseguiram adotar esse tipo de trabalho, como o caso dos serviços de entrega. Mas, para preservar a saúde dos colaboradores e clientes, alguns protocolos foram criados.

Confira aqui como a rotina de grandes empresas mudou e quais foram as medidas adotadas para evitar a disseminação do Covid-19.

Grandes Empresas que mudaram suas rotinas

1 – AMAZON

A região onde fica a sede da Amazon, em Seattle, é uma das mais afetadas pelo Covid-19 nos Estados Unidos. 

Desde o início de março, a  empresa havia recomendado que seus funcionários trabalhassem de casa. O aviso foi dado logo após um dos colaboradores testar positivo para o novo coronavírus.

Já os centros de distribuição da gigante varejista não pararam. A Amazon continua com suas entregas, principalmente de produtos essenciais, como alimentos, produtos de higiene e remédios. 

Porém, as medidas de prevenção contra o Covid-19 não estão sendo realizadas em seus armazéns e centros de distribuição.

De acordo com a Business Insider e a The Verge, a empresa não notificou aos funcionários que havia casos de colaboradores na Espanha e Itália com testes positivos para o Coronavírus. Além disso, precauções – como medir a temperatura diária e manter distância entre os funcionários – não estão sendo feitas nos armazéns dos EUA.

Um alerta é que a Amazon havia anunciado a contratação de mais 100 mil funcionários nesses centros de distribuição, o que acaba sendo perigoso.

2 – ALIBABA

Após a rápida disseminação do vírus pela China, o Alibaba adotou o home office. O grupo usou sua ferramenta – DingTalk – para realizar videoconferências, reuniões e gerenciar as tarefas da empresa. 

De acordo com a empresa, a pandemia gerará queda nas receitas de seus negócios de Ecommerce neste semestre devido às cadeias de fornecimento e entregas.

3 – Coca-Cola

A empresa se pronunciou em seu site sobre as medidas de prevenção adotadas para garantir a saúde de seus funcionários na produção das fábricas. Os colaboradores que podem trabalhar de casa já estão fazendo home office.

Como a China é o terceiro maior mercado diário da Coca-cola no mundo, as vendas sofreram uma grande queda nos últimos meses. Apesar da situação, a empresa informou que espera que as metas desse ano ainda serão alcançadas.

4 – Microsoft

A Microsoft informou que não conseguirá alcançar a meta do faturamento estipulado em 2020, que era de 10 à 11 bilhões de dólares.

A empresa alertou também sobre a falta de fornecimento de peças de computadores que vinham da China, um problema que também afetou outras empresas de tecnologia, já que o país era o maior provedor de peças.

5 – Google 

A empresa adotou o home office e anunciou que as entrevistas de emprego serão feitas através de videoconferência.

Além disso, anunciou o cancelamento de diversos eventos, como a conferência Google I/O, a maior da companhia – onde a empresa anuncia as novidades dos produtos e novas tecnologias.

“Contribuir para o distanciamento social, se você puder, ajuda a comunidade em geral a se espalhar e, o que é mais importante, ajudará a minimizar o pico de carga no sistema de saúde e também poupá-lo para as pessoas necessitadas”, disse Sundar Pichai, CEO do Google, noTwitter.

6 – Facebook 

Os funcionários do Facebook em todo o mundo estão trabalhando de home office desde o dia 16 de março. 

Porém, para algumas funções que não podem aderir ao trabalho remoto, a empresa diz que está tomando medidas para garantir a saúde e segurança de todos.

O evento anual da empresa – o  F8 -, que estava marcado para maio, também foi cancelado. 

7 – Televisão brasileira

As emissoras do Brasil também sofreram grandes mudanças. Na Rede Globo, por exemplo, as gravações de séries e novelas foram suspensas e todos os programas de auditório estão sem platéia.

Pela primeira vez em 31 anos, o programa Domingão do Faustão foi ar sem as caravanas de diversos lugares do país. O público também não está presente nas eliminações do Big Brother Brasil.

E outras emissoras também estão adotando essas medidas de precaução…

A Record está adotando diversas medidas para combater a disseminação do vírus. No dia 25 de março, as instalações da emissora passaram por uma higienização para desinfetar os ambientes.

Novas regras para equipes de rua também foram adotadas. Todos os equipamentos usados nas reportagens devem ser higienizados, além das entrevistas serem feitas mantendo um contato à distância com os entrevistados.

Além disso, gravações foram canceladas.

8 – Netflix

A Netflix suspendeu todas as gravações de filmes e séries pelo mundo. As novas temporadas de The Stranger Things, The Witcher e Grace & Frankie são algumas que terão seus lançamentos adiadas por conta da pandemia.

Apesar das gravações suspensas, a Netflix é uma das empresas que mais cresceu em audiência nas últimas semanas por conta da quarentena. O streaming precisou reduzir a resolução de seus vídeos para conseguir suportar a demanda.

10 – Outback

O setor de restaurantes foi um dos mais afetados pela pandemia. 

No Outback Steakhouse, uma rede de restaurantes com filiais em vários lugares do mundo, está com todas as unidades brasileiras fechadas. No entanto, viram no Ifood uma forma de não ficar sem faturamento.

Com isso, as cozinhas do Outback continuam sendo utilizadas como “dark kitchen”, onde os pedidos são preparados para envio pelo delivery.

Fora isso, o Outback também lançou uma ação para ajudar os estabelecimentos próximos às suas unidades a superar a crise. A franquia doará seus famosos ovos de páscoa exclusivos para mercados de bairro da cidade de São Paulo. Eles poderão vender o chocolate e usar o valor arrecadado para manterem mais fluxo de caixa.

Além de ajudar pequenos mercados, o Outback também vai distribuir cerca de 6 mil ovos de páscoa para profissionais da saúde.

Outros restaurantes também estão mudando bruscamente suas rotinas, principalmente nas grande capitais. Sem clientes, muitos fecharam suas portas e aderiram ao delivery para conseguir se manter.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lançou um guia com medidas a serem adotadas pelos setor para preservar a saúde dos funcionários e clientes.

11 – Lojas Farm

A Farm anunciou que suas vendedoras que fazem parte do grupo de risco ou que convivem com pessoas que são, estão trabalhando de casa ou tirando férias. Os funcionários que conseguem trabalhar remotamente, estão trabalhando de suas casas. As reuniões estão sendo feitas virtualmente.

Já os colaboradores que dependem do ambiente de trabalho, estão tomando todas as medidas recomendadas para preservar a saúde, como higienização, distanciamento e escalas alternativas.

A empresa também informou que, como as lojas físicas estão fechadas, a comissão das vendedoras nas compras pelo site foram dobradas. Para incentivar a compra, a empresa aumentou o desconto dos códigos de vendedora, que foram de 10% para 25%. 

O prazo de devolução das roupas foi retirado para que os consumidores não se preocupem com trocas agora.

12 – Renner

Por conta da pandemia, as Lojas Renner suspenderam as demissões por tempo indeterminado e todas as lojas físicas no Brasil, Uruguai e Argentina foram fechadas. No setor administrativo da empresa, os funcionários estão trabalhando de home office.

Já os centros de distribuição e centrais de atendimento ainda continuam funcionando, mas com quadro reduzido de funcionários.

A varejista também anunciou que doará 4 milhões de reais para o combate do Covid-19.

No Brasil, até o momento, 95% dos shoppings estão fechados.

O Sudeste é a região com maior impacto. O Estado de São Paulo, por exemplo, está de quarentena obrigatória até dia 7 de abril. Só na capital, são 93 shoppings fechados.

Em São Paulo, mais de 90% das lojas estão fechadas. Fiscais e policiais estão fazendo blitz para ver se o decreto está sendo cumprido. As que desrespeitarem a regra podem ser lacradas.

Até o fim de abril, a previsão é de que os cortes no comércio devam chegar a 5 milhões de desempregados. De acordo com as entidades, muitos comerciantes podem fechar suas portas por não terem fluxo de caixa para pagar as contas e aluguéis.

13 – Aplicativos de entrega e transporte particular

Com o aumento do isolamento social, os aplicativos de delivery foram os que mais cresceram na quarentena. 

Mas, para preservar a saúde dos entregadores e clientes, algumas medidas foram adotadas pelos aplicativos:

  • Pagamento via aplicativo para diminuir o contato na entrega;
  • Disponibilização de álcool 70% e panos desinfetantes;
  • Entrega sem contato – em que o entregador deixa o pedido em um local e se afasta para que o cliente o apanhe.

iFood 

Recomendou aos entregadores que, se tiverem suspeita ou confirmação de Covid-19, comunique ao iFood. E, para dar suporte aos que precisarem ficar em quarentena, a empresa criou um fundo solidário no valor de 1 milhão de reais.

Rappi

O Rappi também criou um fundo para os entregadores que precisarem ficar em quarentena e os está informando sobre as medidas que devem ser tomadas na hora da entrega.

Uber e Uber Eats

Assim com o iFood e o Rappi, a Uber informou que seus motoritas ou entregadores receberão assistência financeira por até 14 dias, caso estiverem em quarentena ou diagnosticados com o coronavírus.

Além disso, a empresa suspendeu a taxa de entrega de restaurantes independentes nos Estados Unidos e no Canadá. Essa medida ainda não foi adotada no Brasil.

Saiba o que fazer para sobreviver a esta crise 

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Sabendo disso, o grupo Ecommerce na Prática decidiu criar a Jornada do Empreendedor Imbatível.

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