Última atualização em 24 de agosto de 2020 por Maria Alice Medeiros
A expansão do Ecommerce tem sido algo indiscutível nos últimos meses. Isso foi acelerado pelo isolamento social e fechamento do comércio físico em diversas cidades devido ao COVID-19. No entanto, de acordo com estudo feito Kearney, uma consultoria global de gestão estratégica, a tendência de crescimento do Ecommerce tem tudo para continuar mesmo em um cenário pós-pandemia…
E os últimos resultados divulgados sobre o Ecommerce comprovam isso.
Julho, por exemplo, foi considerado o 3º melhor mês de toda a história do Ecommerce. O crescimento foi de 25% neste mês, atingindo a marca de 1,29 bilhões de acessos em sites de venda…
Mas esse dado não foi o único a chamar a atenção do mercado…
No último Dia dos Pais, o Ecommerce teve um faturamento de R$ 3,5 bilhões, com uma alta de 41% em relação ao ano passado, que teve R$ 2,5 bilhões.
E, com todo esse avanço, a previsão para os próximos anos é de crescimento exponencial do Comércio Digital.
Veja abaixo a perspectiva que a pesquisa Kearney trouxe para o ano – e para os que estão por vir…
111 bilhões de reais em faturamento
O estudo apresentado pela Kearney mediu os impactos do Covid-19 no comportamento do consumidor brasileiro e no comércio eletrônico nacional…
E o resultado projetado foi impressionante: de acordo com eles, o Ecommerce brasileiro deve registrar um faturamento de 111 bilhões de reais em 2020.
A quantia é 49% maior que ao valor registrado em 2019, período em que o mercado faturou R$ 75 bilhões.
Em uma análise mais conservadora, o valor cairia para R$ 103 bilhões. E em um viés mais otimista, o montante do Ecommerce chegaria a R$ 120 bilhões.
Ambos cenários traduzem a forte ascensão do Ecommerce nesses últimos meses de pandemia. Ou seja, período em que as pessoas estão adotando mais as compras online para evitar o contágio do novo coronavírus.
Esteban Bowles, sócio da Kearney e um dos responsáveis pelo levantamento, acredita que Ecommerce já vinha apresentando um crescimento exponencial nos últimos anos…
Mas a pandemia mudou esse processo consideravelmente:
“O mercado brasileiro de comércio eletrônico já vinha registrando índices de crescimento maiores que o do varejo tradicional há alguns anos […] A pandemia veio acelerar essa tendência, particularmente para algumas categorias, como alimentos, que no passado tiveram uma adoção menor”, afirma.
Observando projeção da pesquisa para período de 2020 a 2024, os resultados são ainda mais animadores.Veja aqui:
Projeções para os próximos anos
Um cenário muito positivo para os anos de 2020 a 2024 vem se desenhando. Na projeção, os novos hábitos das pessoas podem trazer cerca de R$ 69 bilhões em vendas adicionais ao Ecommerce…
Diante disso, o comércio eletrônico deve crescer em torno de 17,3% ao ano, atingindo R$ 211 bilhões em 2024.
Consolidação do Ecommerce no pós-pandemia
De acordo com a análise da Kearney, a tendência de crescimento acelerado do Ecommerce deve se manter futuramente.
Dos entrevistados pela pesquisa, 52% afirma que devem continuar comprando online com a mesma frequência da pandemia.
E 36% dizem que também continuarão comprando no Ecommerce, mas com uma frequência menor.
Algo importante para ficar no radar dos empreendedores do segmento são as categorias que mais devem ganhar destaque nos próximos anos…
Alimentação, Cuidados com Pets e Beleza & Cuidados Pessoais serão aquelas com maior crescimento:
As vendas serão 320% maiores em 2024 para estas categorias em comparação com 2019. E os ganhos serão de R$15 bilhões de mercado.
A categoria que mais deve se destacar é a de Eletrônicos: com adição de R$ 22 bilhões de vendas em relação ao nível registrado em 2019.
No geral, os empreendedores do Ecommerce podem se preparar para dar conta de um alto índice de vendas… E todos os outros efeitos positivos no chamado “novo normal’.
