Ela cortou cana e hoje fatura R$6 milhões vendendo acessórios online

Última atualização em 10 de outubro de 2019 por

Desde os 14 anos, a Sabrina Nunes teve que ajudar em casa. Depois de vender picolé na rua, cortar cana e trabalhar como secretária, resolveu se aventurar na venda de bijuterias online. Hoje, a sua loja, Francisca Joias, fatura R$ 6 milhões por ano e ela é um verdadeiro exemplo de superação. Confira mais sobre esse caso de sucesso e veja as dicas que ela dá para quem está começando no mercado digital.

A infância pobre 

Com 14 anos, a Sabrina começou a vender picolé na zona rural de Itinga, sua cidade natal, em Minas Gerais. 

Desde aquela época, precisava ajudar em casa. Sua mãe tinha um pequeno restaurante de beira de estrada e seu padrasto cortava cana. Com uma infância pobre, Sabrina teve que começar a trabalhar antes de muitas pessoas.

Quando fez 20 anos, decidiu fazer uma faculdade de serviço social a distância. Ao terminar o curso, foi para o Mato Grosso à procura de trabalho. Mas não encontrava nada…

Sem outra escolha, Sabrina voltou para casa e foi cortar cana com o padrasto. Levou mais 1 ano para ela se recompor e tentar mudar de vida mais uma vez.

Empenhada a estudar, conseguiu uma bolsa pelo ProUni para cursar engenharia no Rio de Janeiro. Sem pensar duas vezes, arrumou as malas e foi para a cidade grande.

Porém, chegando lá, se deparou com mais uma dificuldade… Por mais que o curso fosse custeado pelo governo, ela ainda precisava arrumar uma maneira de se sustentar.

Foi aí que a Francisca Joias começou a criar forma em sua cabeça.

O nascimento da marca

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Ao chegar no Rio, Sabrina leu em uma revista de negócios que uma empresária tinha conseguido vender bijuterias em Marketplaces e acumulou R$ 5 mil.

Inspirada pela história, ela decidiu seguir o mesmo caminho. Foi ao centro da cidade, comprou R$ 50 reais em matéria-prima e montou suas primeiras peças.

Sem ter o menor conhecimento em marketing digital e com receio de entrar nos Marketplaces, ela teve uma ideia: decidiu anunciar em uma loja online conhecida por vender artesanatos.

“Investi R$ 300 para que eles disparassem emails com os meus produtos para seus visitantes virtuais”, conta Sabrina para o UOL.

Os resultados a surpreenderam. Logo no início, ela conseguiu faturar os tão sonhados R$ 5 mil. Como uma boa empresária, usou uma parte desse dinheiro para investir em mais peças e em si mesma: seu próximo passo foi fazer um curso sobre marketing digital.

Na época, em 2012, o Facebook era novo no Brasil e poucas marcas que investiam na rede social. A Sabrina reconheceu uma grande oportunidade e usou todo o poder da plataforma. Criou uma fanpage – ainda sem o nome oficial da marca –  e começou a fazer vendas. 

Finalmente, após a contratação de uma empresa para criar uma identidade visual e seu site, nasceu a Francisca Joias (O nome é em homenagem a sua avó, que faleceu pouco antes da criação da loja).

Parecia que as coisas finalmente estavam dando certo. Porém, a empresária acabou cometendo um erro muito comum…

O tropeço

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No início da loja virtual, a Sabrina caiu em um grande equívoco que vários empresários também cometem: não segmentou seu nicho.

Ou seja, ela queria vender tudo e acabou vendendo nada.

Isso acontece em muitos casos porque, o primeiro passo que todo empreendedor precisa dar ao abrir um negócio é definir a persona. Algo que a Sabrina não fez.

Se você não sabe para quem está falando, certamente a sua comunicação não vai impactar o cliente.

A empresária gastava grande parte do seu tempo e dinheiro investido em produtos que a sua audiência não estava interessada. Se soubesse quais eram os seus desejos e necessidades, suas estratégias seriam mais assertivas.

Ao reconhecer o erro, ela fez todo o processo para conhecer a sua persona e, aí sim, as vendas começaram a acontecer. 

Finalmente, os negócios estavam indo para frente.

Como foi o crescimento

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A empresária tinha toda a preocupação com os clientes e na divulgação da sua marca.

Por exemplo, ela teve a ideia de ir em várias feiras de beleza. Lá, entregava seu contato às visitantes e, sempre que podia, exibia seus produtos.

Além disso, criou o costume de fazer embalagens personalizadas para enviar os produtos. Escrevia mensagens feitas à mão e até colocava perfume.

Conclusão: no seu terceiro ano de faculdade e empresa atingiu um faturamento mensal de R$18 mil. Convencida de que não queria ser uma engenheria e sim focar na empresa, largou o curso e investiu mais tempo no empreendimento.

O seu próximo passo foi fazer a transição de bijuterias para as semijoias, um produto mais sofisticado e caro. Essa mudança foi essencial para o crescimento da marca. Com um ticket médio maior, a empresa pode ter a ajuda de 15 funcionários e 600 revendedoras espalhadas pelo Brasil.

Hoje, a Francisca Joias tem um faturamento de R$ 6 milhões por ano, uma fábrica própria e fecha parcerias com influenciadoras, como a Bianca Andrade, que tem mais de 7 milhões de seguidores, é uma das parceiras da loja, com uma linha de peças produzida usando seu nome.

As 4 dicas de ouro da Francisca Joias

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Além de ser uma empreendedora de sucesso, a Sabrina usa um canal no Youtube para dar aulas de empreendedorismo e empoderamento feminino. 

Aqui, vou te mostrar 4 dicas preciosas que ela passa adiante para novos empreendedores e que fizeram ela ser um caso de sucesso. Confira:

1 – Prestar atenção nas oportunidades

Em 2012, quando ela começou a vender suas primeiras peças, poucas empresas usavam as redes sociais como uma plataforma para criar engajamento e conseguir gerar vendas.

O próprio Instagram tinha sido liberado há apenas alguns meses para Android. Tudo era bem recente e os empresários ainda pisavam em ovos. Mas não a Sabrina.

Ela rapidamente reconheceu que a sua audiência estava presente nas redes sociais e era onde a sua marca também precisava estar.

Além disso, ela não teve um medo muito comum: o medo de vender.

Acredite, isso é um receio real das pessoas. Em vez de ficar esperando que os clientes surgissem, ela foi até eles.

Visitou feiras de beleza, entrou em contato com as pessoas, participou de exibições… enfim, deixou sua  marca exposta. 

Por isso, não fique com receio de aproveitar e procurar pelas oportunidades. Apenas com a prática adquire-se experiência. 

2 – Redes sociais servem para criar relacionamento

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A Sabrina também entendeu que as plataformas não devem ser apenas um canal de venda, mas sim um canal de engajamento. As compras vêm depois de o cliente se relacionar com a marca online.

Afinal, as pessoas não entram no Facebook e no Instagram com o intuito de comprar, mas sim de adquirir algum conteúdo. Se a sua marca entrega isso, é uma ótima maneira de despertar interesse dos consumidores.

Por isso, ela sempre se preocupa em produzir conteúdo de valor. Como eu disse, no seu canal no Youtube, além de dar aulas de empreendedorismo, você pode assistir vários vídeos sobre looks que combinam com as joias, como combinar as peças entre si e muito mais.

O Instagram da marca conta com mais de 600 mil seguidores. Lá, a empresária usa os Stories para divulgar promoções, posta produtos utilizando o Instagram Shopping e faz vídeos demonstrando como usar algumas das peças corretamente.

Use as redes sociais para entregar conteúdo, criar relacionamento entre a audiência e a marca e, consequentemente, gerar vendas.

3 – Passar confiança

“Diferentemente da compra em loja física, no E-commerce as pessoas pagam sem nenhuma garantia real de que vão receber o produto. Elas precisam confiar na marca”, disse Sabrina para o Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

Com isso em mente, a empresária sempre teve preocupação em passar confiança para a sua audiência. Existem várias maneiras de fazer isso.

Ter um atendimento de excelência é uma ótima maneira de começar. É bem comum os clientes entrarem em contato para tirar dúvidas por não poderem ver o produto ao vivo.

Nesses momentos, seu objetivo deve ser sempre resolver o problema – caso haja algum – e mostrar que o seu negócio é de confiança.

Nunca deixe nenhuma mensagem sem respostas e seja atencioso. Além disso, trabalhar com os melhores meios de pagamento (Mercado Pago, Pagseguro…) e adquirir um certificado de segurança no seu site é outra forma deixar os clientes mais tranquilos.

4 – Tenha foco

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Como vimos, seu primeiro tropeço foi não segmentar o nicho e tentar vender vários produtos ao mesmo tempo.

Resultado: Sabrina não vendeu nada e teve prejuízo.

Tentar trabalhar com vários produtos diferentes faz com que seu público não entenda o posicionamento da sua marca e, consequentemente, te faz perder credibilidade no mercado. 

Para vender online, é preciso ter muito foco. Ou seja, segmentar o nicho, encontrar a sua persona, compreender suas necessidades e desejos, ter uma comunicação assertiva…

Não adianta atirar para todos os lados e não acertar o alvo. Concentre-se em um mercado de atuação e trabalhe com ele.

Agora é a sua vez!

A história da Sabrina Nunes é um verdadeiro caso de superação. Certamente, podemos aprender muito com toda a sua experiência.

Entendendo como ela saiu do completo zero até atingir R$ 6 milhões, fica mais fácil para outros empreendedores aprenderem o que devem ou não devem fazer.

Se você, como a Sabrina, também quer mudar o rumo da sua vida, a hora é agora.

O Bruno de Oliveira, empresário e mentor de E-commerce, gravou uma aula online e gratuita mostrando o método infalível de vender online.

Você vai ter em mãos o passo a passo e todos os detalhes sobre como ter um negócio de sucesso.

Saiba mais e aplique agora o seu conhecimento!

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