Como investir dinheiro e fazer ele trabalhar para você

Última atualização em 6 de novembro de 2020 por Maria Alice Medeiros

Investir nada mais é do que fazer o seu dinheiro trabalhar para você de forma inteligente. E existem diversos tipos de investimentos que pode colocar em prática. Conforme vai entendendo melhor como funciona, mais seguro estará para tentar novos tipos de aplicações. Porém, é preciso entender primeiro como você lida com suas finanças e qual é o seu perfil de investidor antes que você invista seu dinheiro. 

É comum as pessoas recorrerem à poupança, apesar do baixo retorno financeiro, pois ainda existem tabus a serem quebrados quando se fala sobre investimentos. É preciso entender que há outros tipos de aplicações tão seguras quanto a poupança, mas que rendem mais do que ela.
Mas, antes de falar sobre isso, é preciso saber em qual perfil de investidor você se encaixa para depois escolher qual aplicação mais se aproxima do seu estilo. Neste artigo, vou te mostrar quais são os tipos de perfil e onde você pode começar a investir o seu dinheiro.

Qual é o seu perfil de investidor?

Saber qual é o seu perfil de investidor serve para indicar qual é o tipo de investimento mais adequado para você. Ele está ligado à personalidade e objetivos.

São três tipos:

Conservador – uma das prioridades desse tipo de investidor é a segurança, de modo que tende a investir em investimentos de baixo risco. Muitos investidores iniciantes se encaixam neste tipo de perfil até terem mais coragem para arriscar.

Moderado – quando o investidor já possui certa tolerância a riscos de longo prazo, ele está entre o conservador e o agressivo. Ou seja, é moderado. O moderado possui aplicação em uma renda fixa, que dá segurança, mas também aplica parte de seus recursos em renda variável, buscando retornos maiores.

Agressivo – este investidor já conhece bem o mercado e aceita assumir riscos maiores, entendendo que há perdas a curto prazo que são necessárias para aproveitar os lucros mais altos a longo prazo. Mesmo assumindo riscos, este perfil entende que é preciso ainda ter reservas para emergência, não apostando tudo em investimentos oscilantes.

Definindo Metas de Investimento

Antes de começar a investir, é preciso definir algumas metas. 

O primeiro passo é estabelecer um valor para investir mensalmente. É possível começar com o valor que desejar, seja com 30 reais ou 30 mil.

Para você definir um valor, é preciso organizar suas finanças. Você deve estudar a sua realidade financeira, quais são os gastos fixos e quais são os gastos variáveis que podem ser cortados.

O ideal é que você entenda quais são seus rendimentos e gastos e onde é possível cortar. Sabe aquele cafezinho todo dia? Você pode guardar esse dinheiro para investir. E este é um dos maiores segredos no investimento: saber o que cortar para sobrar mais para investir.

Onde investir em Renda Fixa?

Agora que você já entendeu que é preciso se organizar financeiramente e já definiu suas metas mensais, você deve começar a entender os tipos de investimentos que existem.

Numa operação de Renda Fixa, como o nome já diz, os ganhos são fixa, podendo ser prefixadas ou pós-fixadas. A prefixada é definida no momento da aplicação – assim que você coloca o dinheiro já sabe o quanto vai ter ao final do período -; já a pós-fixada dependerá da variação dos preços no vencimento.

1 – Tesouro Direto

Este é um programa do Governo Federal, criado para que qualquer pessoa com CPF possa comprar Títulos do Tesouro Nacional e receber juros por isso. É uma das melhores opções para quem está começando a investir. Além disso, a maioria das corretoras não cobram taxas para compras de títulos.

O Tesouro Direto oferece desde rentabilidades prefixadas (com juros fixos anuais) até o Tesouro Selic – com liquidez diária e que acompanha a taxa de juros Selic -, e títulos pós-fixados – que acompanham a taxa de inflação (IPCA).

Neste investimento, há uma taxa de custódia de 0,3% sobre o total investido, cobrada pela BMF&Bovespa. Além disso, há a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações inferiores a 30 dias e de Imposto de Renda, conforme a tabela da renda fixa, que vai de 22,5% (menos de 180 dias) a 15% (mais de 720 dias).

Para entender o quanto você pode ganhar aplicando neste tipo de investimento, é possível fazer uma simulação no site do Tesouro Direto.

2 – LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito Agrícola)

Um outro tipo de aplicação que atrai pessoas que estão iniciando os investimentos é o LCI e o LCA. Estes dois tipos de investimentos são isentos de Imposto de Renda e de taxas de administração ou custódia. Já as taxas de juros podem ser prefixadas ou pós-fixadas (vinculadas ao CDI, um índice interbancário próximo da Selic).

Nesses títulos, os retornos dependem de critérios adotados pelas instituições financeiras, como rating de crédito do emissor, prazo de vencimento, liquidez e investimento mínimo. De maneira geral, quanto mais longo o título, maior a taxa de retorno.

3 – CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Esse investimento pode oferecer rendimentos tão interessantes quanto os prefixados ou pós-fixados do Tesouro Direto, dependendo da instituição financeira que o emite. É um dos títulos mais populares de renda fixa e possui baixíssimo grau de risco e complexidade, porque é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Nesta modalidade, o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe uma remuneração por isso. Por sua vez, o banco pode usar esse dinheiro para emprestar a outros clientes que buscam por créditos. 

Antes de aplicar, é preciso consultar as taxas e todas as informações, como a liquidez do título, rating de crédito, por exemplo. 

Onde investir em Renda Variável?

Esse tipo de investimento é considerado de risco, pois não oferece garantia de retorno, previamente conhecida, ao investimento. 

Na renda variável, o retorno do investimento depende de diversos fatores, como desempenho da empresa, comportamento da economia nacional e internacional, etc. Portanto, é aconselhável que o investidor entenda que essa aplicação é de longo prazo e não dependa de recursos de emergências.

1 – Ações

As ações são as mais conhecidas e acessíveis ao investidor não profissional.  

Quando um investidor compra uma ação de uma empresa, passa a ser sócio dela. Se a empresa cresce e gera lucros, os investidores ganham com a parcela do lucro líquido que é distribuída aos acionistas.

Neste tipo de investimento, deve-se ter estratégias e critérios para fazer as compras e as vendas dos títulos, que podem ser emitidos por empresas de capital público, privado ou misto. Para isso, você deve abrir uma conta em uma corretora de investimentos.

2 – ETFs (Exchange Traded Fund)

É uma boa alternativa para pessoas que desejam começar a investir na bolsa de valores por conta da diversificação de mercado e setores, além do baixo custo. 

Os ETFs têm taxas de administração menores que os das ações tradicionais. Eles buscam reproduzir a carteira de um determinado índice de referência do mercado, como Bovespa (Ibov), Títulos Públicos, S&P etc.

Por exemplo, ao adquirir cotas de um ETF que reproduz a carteira do Ibov, o acionista detém indiretamente todas as ações componentes do referido índice, sem comprar separadamente as ações de cada empresa – como acontece no caso das ações.

Esse tipo de investimento é uma ótima alternativa para quem procura investir na bolsa, mas quer minimizar as perdas no mercado de ações.

3 –  Câmbio/Moeda

É uma modalidade da renda variável que aposta na variação de uma determinada moeda. Neste tipo de investimento, o risco é alto como nas ações, por conta da volatilidade das moedas. Ou seja, dependendo do quanto o investidor desembolsou, há chances de lucros ou prejuízos. 

Comece a Investir

Organizar a vida financeira, definir metas, descobrir qual é o seu perfil de investidor e saber onde investir é fundamental para começar fazer o seu dinheiro trabalhar para você. 

Um outro ponto importante é que você tenha em mente que diversificar as aplicações de forma que contemple vencimentos e rentabilidade variados é sempre bom . Desta forma, você criará uma margem de segurança.

Além disso, é preciso estar alerta para tendências econômicas, mudanças nos valores das taxas e outros fatores, assim pode se proteger e fazer as melhores escolhas para que seu dinheiro renda cada vez mais.

Se você está buscando independência financeira e deseja saber mais sobre dicas de planejamento financeiro, confira o artigo abaixo:

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