Adidas aposta em mercado online, mas enfrenta crise interna

Última atualização em 13 de agosto de 2020 por

A Adidas relatou uma queda de 34% nas vendas no segundo trimestre. Porém, após fechar 70% de suas lojas físicas na pandemia, a marca alemã começou a se recuperar depois de apostar no mercado online.

E as vendas estão se recuperando bem mais rápido do que o esperado…

A marca também anunciou que a expectativa é que haja aumento na receita nesse terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre desse ano.

Essa projeção é devido aos novos hábitos dos consumidores, que estão comprando cada vez mais no Ecommerce…

Confira mais sobre como a Adidas tem se reinventado.

Crescimento dos exercícios em casa

Desde o começo do isolamento, as pessoas estão adaptando suas rotinas à nova realidade. Com isso, muitos consumidores começaram a comprar produtos para praticar exercícios em casa…

E a Adidas começou a ver um boom na demanda por produtos de corrida e ioga. 

Mas não foi só isso. Outro produto que se destacou, talvez por seu conforto, foram as sandálias Adilette Slides, que apresentou aumento de 200% durante o trimestre.

O CEO da empresa, Kasper Rorsted, informou que todas essas mudanças de hábitos estão afetando a marca de forma positiva. Por exemplo, muitos consumidores estão buscando por roupas mais confortáveis para trabalharem em casa

“A probabilidade de muitas pessoas voltarem usando ternos e sapatos marrons no futuro diminui drasticamente. Isso, é claro, nos afetará.”, afirmou Rorsted. 

E isso aparece nos resultados…

A procura por esses dois tipos de produtos se concentraram quase que exclusivamente no mercado online. 

As vendas pelo Ecommerce quase dobraram em relação a 2019. O total no faturamento geral da empresa, no segundo semestre, foi de 3,58 bilhões de euros, superando a estimativa de 3,24 bilhões.

Porém, no período, houve queda nos produtos relacionados a esportes coletivos.

E ainda tem uma questão que vem sendo debatida e que pode pesar para a marca nos próximos períodos. Veja:

Diversidade e incertezas

Embora o Ecommerce tenha ajudado as vendas da Adidas no período, a empresa ainda precisa melhorar sua imagem. Isso porque há uma pressão forte para que a marca se posicione quando o assunto é diversidade.

A discussão surgiu especialmente após os protestos contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos. Na época, os funcionários da Adidas criticaram a empresa por não fazer o suficiente para combater a discriminação racial.

E, recentemente, o chefe de recursos humanos da empresa renunciou o cargo após reclamações sobre sobre como ele lidava com questões de diversidade. 

De acordo com Kasper Rorsted, o novo chefe do RH, ele tem buscado escutar funcionários de todo o mundo sobre essas questões. 

“Particularmente na América, não fizemos progresso com a comunidade negra e estamos levando isso muito a sério”, disse à imprensa.

A Adidas havia anunciado em junho que vai aumentar, nos próximos 4 anos, em 20 milhões de dólares a sua verba destinada a programas de apoio a comunidades afro-americanas.

E a empresa também se comprometeu com 50 bolsas de estudos anuais para seus funcionários negros no próximos 5 anos.

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